ࡱ>  vxmnopqrstu9 bjbj.~l<<<<<<<P))))h*P``+-------ߏ$: Z|<-----py<<--pypypy-J8<-<-ߏpy-ߏpypy*_h<<-T+ 'gVP')LenjD00`׌֕yp֕pyPP<<<<Budismo no Ocidente  INCLUDEPICTURE "http://www.zenmind.com/images/buddha2.jpg" \* MERGEFORMATINET O Budismo uma das mais antigas e maiores religies do mundo. Nasceu de ensinamentos dados h aproximadamente 2.500 anos atrs por Gautama Buda, "O Despertado" ao norte da ndia. Um dos fundamentos principais do Budismo foi definido pelo Buda como as Quatro Verdades Nobres. Isto , a vida sofrimento. O sofrimento causado por afeies e averses, embora haja uma maneira de escaparmos deste sofrimento. O fim do sofrimento a Iluminao que pode ser alcanada atravs da prtica do Budismo. Desde o tempo de Buda, esta religio cresceu e se desenvolveu em trs ramos principais. Os ramos Mahayana e Hinayana do enfoque ao Budismo como religio e cdigo moral da mesma maneira que o Cristianismo adotado no ocidente. O terceiro ramo principal do Budismo o Vajrayana, bastante parecido com o Budismo Zen Japons, conhecido como o "caminho curto". Em Zen e Vajrayana, o Budismo no visto como religio per se, mas como um estilo de vida. As prticas gmeas de meditao e conscincia plena so utilizadas para o alcance da Iluminao com extrema rapidez. O praticante usa todos os aspectos de sua vida diria como instrumentos para progredir no caminho da Iluminao. A Iluminao um estado onde o ciclo de nascimento e morte quebrado, por onde se obtem completa compreenso da vida. Na prtica Vajrayana e Zen, reconhece-se que a Iluminao pode ser alcancada nesta vida atual! "Nossa compreenso do Budismo no apenas uma compreeso intelectual. A verdadeira compreenso a propria prtica." - Zen Mind, Beginner's Mind O Budismo a sntesi de muitas religies orientais, inclundo ioga, Taoismo e Hinduismo. De fato, Budismo , na verdade, um conjunto de caminhos que se desenvolvem com o tempo. De vez em quando, um ser Iluminado - ou "Buda" - nasce e recodifica o Budismo, atualizando suas prticas. Muitas vezes estes Budas no so compreendidos porque contradizem a ordem estabelecida. Por exemplo, criticou-se muito Padmasambhava quando este levou o Budismo Tntrico para o Tibet no sculo VIII, adaptando-o para a nova era. Hoje, ele venerado por Budistas no mundo inteiro como um dos maiores mestres Tntricos que j existiram! Para estudantes no ocidente, o maior desafio integrar estes ensinamentos antigos s nossas vidas dirias nos anos 90 e no novo milnio. Viver num mosteiro no uma alternativa vivel para a maioria dos praticantes do Budismo no ocidente. Temos carreiras, famlias, lazeres e todas as outras coisas que formam nossa vida diria. Portanto, usamos a meditao para nos fortalecer, dar clareza a cada dia e conscincia plena para transformar cada ao numa prtica de meditao. Integrando-a s nas nossas vidas dirias, podemos alcanar uma grande paz e felicidade.  HYPERLINK "http://www.zenmind.com/portugues/" \l "top"  INCLUDEPICTURE "http://www.zenmind.com/portugues/images/backtotop.jpg" \* MERGEFORMATINET   INCLUDEPICTURE "http://www.zenmind.com/images/animbtrfly.gif" \* MERGEFORMATINET  Reencarnao  INCLUDEPICTURE "http://www.zenmind.com/images/wheeloflife.jpg" \* MERGEFORMATINET Nosso esprito eterno! Ele aprende, cresce, se desenvolve com cada vida mediante as experincias no nosso cotidiano e prtica espiritual. O seu esprito jamais morrer. Contrrio ao seu corpo fsico - que pode adoecer, envelhecer e eventualmente morrer -, sua alma vive para sempre. O esprito eterno de cada pessoa est numa jornada que no tem nem comeo nem fim. A cada vida, o esprito entra num corpo fsico ao nascer e tem experincias no mundo. Ao fim da vida, o corpo fsico deixado para trs e a jornada continua com uma nova vida, num novo corpo fsico. O seu estado mental no momento da morte determina sua condio em sua prxima vida. Este processo de nascimento, morte e renascimento - chamado de reencarnao - um princpio fundamental do Budismo.  Cada um de ns determina o que fazer com sua vida. Depende de voc! Como praticantes budistas, usamos o corpo e suas experincias para avanar o esprito. Atravs da meditao, conscincia plena e outras prticas Budistas, procuramos purificar nossos corpos, mentes, e espritos com a luz da Iluminao. Desejamos o xtase da meditao iluminada e da felicidade de agora e de vidas futuras. "Quem conquistar este mundo E o mundo da morte com todos os seus deuses? Voc ir, assim como quem busca flores, Achar a mais bonita, a mais rara." - Dhammapada O entendimento sobre a reencarnao nos auxilia em duas maneiras. Em primeiro lugar, nos damos conta que podemos desfrutar da vida sem temer a morte. Sabemos que temos infinitas oportunidades de mudar, crescer, e experimentar a vida. A morte no nos amedronta porque entendemos que viveremos de novo. Em segundo lugar, essa compreenso nos ajuda a preparar para nossa prxima vida. O conhecimento espiritual que obtemos em cada vida retido na nossa alma eterna de maneira que jamais se perde. Podemos, ento, conscientemente decidir a avanar no caminho da Iluminao para que sejamos mais felizes nesta vida e em vidas futuras.  HYPERLINK "http://www.zenmind.com/portugues/" \l "top"  INCLUDEPICTURE "http://www.zenmind.com/portugues/images/backtotop.jpg" \* MERGEFORMATINET   INCLUDEPICTURE "http://www.zenmind.com/images/animbtrfly.gif" \* MERGEFORMATINET  Carma  INCLUDEPICTURE "http://www.zenmind.com/images/wheeloflife2.jpg" \* MERGEFORMATINET Carma significa literalmente "ao". a lei da causa e efeito. O seu carma a soma total de todas as suas aes, "no-aes", realizaes e experincias. tudo que voc j foi em todas suas vidas anteriores e tambm o que voc tem sido nesta. Carma tambm a inteno por trs de cada uma de suas aes. Independente da magnitude do seu ato, sua qualidade crmica determinada pela inteno da pessoa executando o ato. E aes incluem pensamentos. Pensar em causar danos a algum to negativo quanto o ato em si. Carma refletido no seu estado mental atual.  "Se queres saber sobre tua vida passada, olhe para tua vida presente; Se queres saber sobre tua vida futura, olhe pra teus atos presentes." - Padmasambhava O ciclo de carmas negativos e positivos que criamos para ns mesmos, nos prende a um ciclo eterno de nascimento, morte e renascimento. Carma a fora por trs do ciclo da reencarnao. Nosso carma faz com que nasamos de novo, conduzindo-nos a cumprir o nosso destino crmico por meio da reencarnao. A condio crmica do nosso prximo nascimento determinada pelo nosso estado mental ao morrermos, dando seguimento ao ciclo. Por causa deste ciclo aparentemente interminvel, algumas pessoas consideram carma o mesmo que destino. Este modo de pensar incorreto porque implica que no temos nenhum controle sobre nossa situao de vida atual e de vidas futuras. A verdade que ns temos controle sobre nosso carma, pois temos o livre arbtrio, sendo esta uma boa notcia, porque nos permite transformar-nos e melhorarmos nossas mentes a qualquer momento! Ns podemos decidir a mudar nosso futuro se assim decidirmos a mudar nosso carma neste exato momento. "Carma significa nossa habilidade de criar e mudar. O carma criativo porque ns podemos determinar como e porqu agimos. Ns podemos mudar." - Livro Tibetano da Vida e da Morte O carma est sob nosso controle! Atravs do uso do livre arbtrio ns podemos decidir a meditar e "queimar" todos os carmas com a luz da Iluminao. Ns podemos livremente decidir a praticar conscincia plena e trocar aes e pensamentos negativos por aes e pensamentos positivos. "Isto o que livre arbtrio verdadeiramente. a habilidade de alterar a sequncia do destino crmico Que estava prestes a virar nosso futuro." - Surfando os Himalayas Livre arbtrio o comeo do fim do ciclo do carma e reencarnao porque quando nosso carma purificado, estaremos livres. Ento, a resposta para o carma e a reencarnao a meditao e a prtica da conscincia plena. Em cada vida de prtica, ns nos aproximaremos da Iluminao e da mente pura. Eventualmente, com a dedicao prtica, romperemos as correntes do carma e alcanaremos a liberao. O buddhismo no Ocidente Apesar de alguns contatos no passado, o buddhismo s foi realmente introduzido no Ocidente durante sculo XIX, destacando-se o papel de T. W. Rhys Davids, que fundou a Pali Text Society em 1881, com o intuito de traduzir textos buddhistas para a lngua inglesa. Os intelectuais alemes daquela poca tambm foram bastante influenciados pela filosofia buddhista. O Dhammapada foi traduzido para o alemo em 1862. Em 1879, Sir Edwin Arnold publicou o poema Luz da sia, que se tornou um best-seller e estimulou o interesse de muitos ocidentais no buddhismo. No ano seguinte, Helena Blavatsky e Steel Olcott, fundadores da Sociedade Teosfica, foram ao Sri Lanka e lanaram uma campanha de apoio ao buddhismo. Em 1893, o mestre Zen Shoyen Shaku, abade do monastrio Engaku-ji, participou do Parlamento das Religies em Chicago, Estados Unidos. Ele contou com a ajuda de Daisetz Teitaro Suzuki (1870-1966), cujos livros influenciaram toda uma gerao de filsofos (Allan Watts, Heideger, Karl Jaspers) e escritores (Aldous Auxley, Paul Anderson). Em 1899, Gordon Douglas foi ordenado monge na escola Theravada. Aps a revoluo comunista na China, milhares de buddhistas chineses e tibetanos se exilaram em outros pases, permitindo a divulgao de escolas que estavam isoladas anteriormente. O buddhismo chegou ao Brasil no incio do sculo XX, com a chegada dos imigrantes japoneses. Mais tarde, chegaram as escolas buddhistas de origem theravadin, chinesa e tibetana. Atualmente, j existem centros buddhistas nas principais cidades brasileiras e alguns templos maiores, em cidades afastadas. O buddhismo foi introduzido no Brasil pelos imigrantes japoneses que chegaram em 1908, no porto de Santos, de So Paulo. [...] Os japoneses que migraram para o Brasil no eram filhos primognitos. Devido uma regra japonesa, o filho mais velho herdava toda a propriedade da famlia, assim como a responsabilidade de cuidar da casa e de venerar os ancestrais. Com tantos deveres, eles no puderam emigrar. Conseqentemente, foram os filhos mais jovens que deixaram o pas para procurar uma vida melhor em outro lugar. Como resultado, Como eles no tinham de promover rituais religiosos para os ancestrais, a religio [shintosta] no era to importante para suas vidas. Eles s se voltavam para a religio quando morriam os membros da famlia no Brasil. Alm disso, o ministro japons de assuntos exteriores proibiu os monges japoneses de acompanhar os imigrantes para o novo pas, pois a sua presena poderia ser uma evidncia da no-assimilao japonesa cultura catlica brasileira. Muitos senadores quiseram parar totalmente a imigrao japonesa. A discusso era pblica e muitos jornais publicaram artigos dizendo que os imigrantes japoneses eram inassimilveis. Mesmo assim, o relacionamento entre os imigrantes japoneses e a religio mudou completamente quando o Japo foi derrotado na Segunda Guerra Mundial. Os imigrantes tiveram de abandonar o sonho de voltar terra natal, pois o Japo estava destrudo tanto econmica quanto moralmente. Porm, depois de anos de trabalho nas reas rurais do Brasil, os imigrantes japoneses comearam a subir socialmente e se tornaram mais urbanizados. Devido s terrveis condies de trabalho encaradas inicialmente pelos japoneses nas plantaes, a maioria deles tentou economizar dinheiro suficiente para deixar as fazendas e adquirir suas prprias terras. Alm disso, os negcios possudos pelos imigrantes e pelo governo japons (Kaigai Kgy Kabushiki Kaisha) investiram no Brasil, comprando terras para os imigrantes para formam colnias dirigidas por japoneses. Depois de trabalharem com sucesso em suas prprias terras, os imigrantes japoneses ento comearam a se mudar para os ambientes urbanos e a estabelecer pequenos negcios. Aqueles que permaneceram nas reas rurais se tornaram produtores, proprietrios de terras, distribuidores de cultivos e de outros produtos. [...] Como a maioria dos imigrantes japoneses decidiu permanecer no Brasil [...], muitas religies japonesas entre elas o buddhismo, o xintosmo e as nova religies de inspirao xintosta e xamnica comearam a pregar mais intensamente no Brasil. A derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial fez com que os imigrantes percebessem que eles teriam de se assimilar culturalmente nova terra. Para ajudar os descendentes a se aculturar mais facilmente, um padro foi estabelecido: os filhos mais jovens iam para a escola, os mais velhos permaneciam em casa e seguiam a profisso do pai, mantendo assim o negcio da famlia. Dois tipos de nisei (segunda gerao) foram criados: o filho mais velho, que falava japons, estava intimamente ligado aos valores e meio de vida japoneses. Alm disso, o filho mais velho seguia a religio japonesa. Por outro lado, os filhos mais novos [...] no eram fluentes em japons e se converteram ao catolicismo. So muito comuns os casos de pais japoneses batizarem seus filhos filhos como catlicos para no terem de encarar a discriminao. Em muitos casos, a converso no era resultado de convico religiosa. De acordo com as pesquisas feitas em 1987/1988, 60% dos imigrantes japoneses no Brasil e seus descendentes so catlicos, enquanto apenas 25% segue religies japonesas. Desde a metade dos anos 20, havia atividade religiosa nas colnias japonesas maiores (no oeste de So Paulo e no Paran). Apesar de haver o butsudan (altares buddhistas) dentro das casas dos japoneses, a religio que se proliferou era o xintosmo estatal [...] [e] a falta de rituais buddhistas possivelmente por causa da ideologia do perodo Meiji (1868-1912) e de seu nacionalismo radical. Esta ideologia afastou as religies e filosofias estrangeiras, como o buddhismo e o confucionismo, enquanto divinizava o imperador. [...] Porm, quando as religies japonesas chegaram ao Brasil infringindo o decreto do governo japons de que nenhum monge deveria emigrar elas sofreram restries e ameaas. [...] Durante a Segunda Guerra Mundial, as escolas japonesas foram fechadas [e] a lngua japonesa foi proibida [...]. Mas quando medo do "perigo amarelo" enfraqueceu, por causa da derrota do Japo na guerra, as escolas buddhistas japonesas comearam a enviar missionrios ao Brasil. Apesar de muitos autores apoiarem a idia de que o buddhismo no foi disseminado no Brasil antes da Segunda Guerra Mundial [...], um autor contradiz esta idia. O historiador Ricardo Gonalves afirma que o primeiro navio, Kasato Maru, que aportou no Brasil em 1908, levava a bordo um monge da Honmon Butsury (um ramo da escola Nichiren). Depois, este monge estabeleceu um templo em Bauru, estado de So Paulo. Em seguida, chegou um monge da escola Shingon e, em 1925, chegou o primeiro monge da escola Jdo Shinsh. Em 1932, a Jdo Shinsh estabeleceu o primeiro templo buddhista em Cafelndia, no estado de So Paulo. Apesar de ser perfeitamente aceitvel que existiam congregaes buddhista no Brasil antes da Segunda Guerra Mundial, tambm uma suposio aceitvel a idia de que as vidas dos imigrantes eram centradas [...] [no xintosmo]. Ambas as teorias podem ser vistas como complementares se os estudiosos aceitarem o fato de que, apesar de existirem atividades buddhistas antes da Segunda Guerra Mundial, elas no se tornaram institucionalizadas antes dos anos 50. [...] O Zengenji foi o primeiro templo St Zensh no Brasil [em Mogi das Cruzes, So Paulo]. [...] O templo Busshinji foi construdo em 1955 na cidade de So Paulo, para ser o centro da escola St Zensh no Brasil. [...] Estes dois templos, junto com o templo de Rolndia, no Paran, provendo a comunidade japonesa no Brasil por trs dcadas. Durante este tempo, seu trabalho missionrio ganhou 3.000 famlias como seguidores. Em 1955, a Comunidade Buddhista St Zensh da da Amrica do Sul foi estabelecida e oficialmente reconhecida pelo governo brasileiro. No mesmo ano, a Sociedade Budista do Brasil foi fundada no Rio de Janeiro por um brasileiro de origem no-japonesa, Murillo Nunes de Azevedo. Azevedo foi o primeiro brasileiro interessado em estudar o buddhismo como um "sistema filosfico e artstico". [...] Porm, um grande interesse dos brasileiros de origem no-japonesa apelo buddhismo de origem no-japonesa no ocorreu at os anos 90. [...] As nicas estatsticas disponveis sobre a religio no Brasil so do censo de 1991. De acordo com o censo, a populao brasileira (170 milhes de pessoas) composta por cidados das seguintes afiliaes religiosas: 83% de catlicos romanos (141,1 milho), 6% de pentecostais (10,2 milhes), 3% de evanglicos tradicionais (5,1 milhes), 5% sem qualquer afiliao religiosa (8,5 milho), 1% de espritas (1,7 milho), 0,5% de religies africanas (850.000), 0,2% de buddhistas (340.000) e 0,08% de judeus (136.000). Como as estatsticas mostram, a grande maioria dos brasileiros vem de famlias catlicas, o que estes nmeros no mostram a migrao simblica de uma religio para outra, o que acontece freqentemente no Brasil. Muitos brasileiros praticam mais de uma religio ao mesmo tempo, ou migram de uma religio para outra. Alm disso, apesar do nmero de buddhistas ser de apenas 0,2%, devemos estar conscientes de que, para a maioria deles, o buddhismo mais um filosofia, um modo de vida, do que uma religio. (Cristina Moreira da Rocha, Zen Buddhism in Brazil) A atitude buddhista do "venha e veja voc mesmo" atraiu muitos ocidentais. Eles no so convidados a acreditar em algo, mas sim a seguir o conselho de Buddha: testar as idias primeiro. [...] A informalidade e a nfase do buddhismo sobre a prtica apela a muitos ocidentais. As atitudes buddhistas de paz, concentrao e cuidado por todos os seres vivos tm se tornado a preocupao de muitos grupos no Ocidente. Os buddhistas acreditam que todas as coisas devem ser cuidadas: a terra, as plantas, os pssaros, os insetos e os animais. [...] Cerca de um sculo atrs, pessoas da Frana, da Gr-Bretanha e de outros pases europeus comearam a viajar ao extremo Oriente. Muitos deles voltaram com idias orientais e, ento, os europeus comearam a aprender sobre o buddhismo. A base da prtica buddhista no Ocidente, assim como no Oriente, a meditao, e as pessoas podem sentar-se sobre almofadas, com as pernas cruzadas e as mos no colo. Elas vo praticar a respirao do andar meditativo. Em outros momentos, eles ouvir a uma palestra. Eles tambm vo fazer algum cntico e oferendas imagem de Buddha em seu templo. Um grupo Theravadin ser muito quieto e pacfico. Eles podem se arranjar em colunas para dar comida aos monges de manh e esperar para ouvir uma palestra durante o dia. Um grupo tibetano pode ser mais ativo, cantando, fazendo perguntas e tocando sinos. Grupos Zen japoneses so mais contidos e passam bastante tempo em meditao zazen. As atividades dos centros buddhistas permitem que as pessoas encontrem os meios de se compreender o buddhismo. (Ven. Pannyavaro, The Spread of Buddhism) notvel a semelhana entre a fsica moderna e a antiga filosofia buddhista. Conforme posso entender, as idias defendidas pelos cientistas so as seguintes: Nenhum fenmeno do mundo material existe de forma "concreta", substancial ou independente, como normalmente aparentam. Verificando o interior dos tomos, no encontramos nada alm de espao e energia em movimento. Todos os fenmenos materiais esto se desintegrando e se transformando momento a momento, no nvel sutil, de acordo com uma precisa lei de conservao de energia, segundo a qual a energia nunca pode ser perdida no universo e, assim, se transforma continuamente em novas formas. Todos os fenmenos do macrocosmo e do microcosmo so uma grande rede interdependente. O macrocosmo reflete-se no microcosmo tal como os campos eletromagnticos de nossos corpos. Alguns pesquisadores da fsica quntica afirmam que o universo material no pode ser entendido sem uma referncia conscincia humana e que, de alguma forma, a mente est ajudando a criar os fenmenos materiais. Em minha opinio, a viso dos yogis buddhistas est muito prxima da viso dos fsicos de hoje. Talvez suas explicaes sejam exatamente as mesmas ou, talvez, muito pouco diferentes. Mesmo no podendo ter certeza sobre isso, no h como negar que os fsicos de hoje podem virtualmente concordar com a viso buddhista da realidade. [...] No necessrio que os cientistas entendam tudo sobre o buddhismo ou que os buddhistas entendam tudo sobre a cincia. Precisamos apenas explorar conjuntamente as reas de interesse comum e fazer uma ponte, iniciar o dilogo e a comunicao. Essa troca muito importante pois, no prximo sculo, todos ns estaremos ligados cincia ou tecnologia, mas ainda estaremos procurando respostas profundas para o "sentido da vida e da realidade". buddhistas est muito prxima da viso dos fsicos de hoje. Talvez suas explicaes sejam exatamente as mesmas ou, talvez, muito pouco diferentes. Mesmo no podendo ter certeza sobre isso, no h como negar que os fsicos de hoje podem virtualmente concordar com a viso buddhista da realidade. [...] No necessrio que os cientistas entendam tudo sobre o buddhismo ou que os buddhistas entendam tudo sobre a cincia. Precisamos apenas explorar conjuntamente as reas de interesse comum e fazer uma ponte, iniciar o dilogo e a comunicao. Essa troca muito importante pois, no prximo sculo, todos ns estaremos ligados cincia ou tecnologia, mas ainda estaremos procurando respostas profundas para o "sentido da vida e da realidade". (T.Y.S. Lama Gangchen, Ngelso) No decorrer dos ltimos vinte anos, aps sculos de ignorncia recproca, um verdadeiro dilogo comeou a se estabelecer entre o buddhismo e os princpios correntes do pensamento ocidental. Assim, o buddhismo passou a ocupar o lugar que lhe devido na histria das filosofias e das cincias. [...] O buddhismo prope uma cincia da mente, uma cincia contemplativa, que mais do que nunca atual e que nunca o deixar de ser, pois trata dos mais fundamentais mecanismos da felicidade e do sofrimento. De manh noite, e a cada instante da nossa vida, temos de encarar nossa mente, e at mesmo a menor transformao dessa mente tem repercusses maiores no curso da nossa existncia e na nossa concepo do mundo. buddhismo e os princpios correntes do pensamento ocidental. Assim, o buddhismo passou a ocupar o lugar que lhe devido na histria das filosofias e das cincias. [...] O buddhismo prope uma cincia da mente, uma cincia contemplativa, que mais do que nunca atual e que nunca o deixar de ser, pois trata dos mais fundamentais mecanismos da felicidade e do sofrimento. De manh noite, e a cada instante da nossa vida, temos de encarar nossa mente, e at mesmo a menor transformao dessa mente tem repercusses maiores no curso da nossa existncia e na nossa concepo do mundo. Pondo de lado todo o exotismo, o propsito do caminho buddhista, assim como o de todas as grandes tradies espirituais, o de ajudar a nos tornarmos seres humanos melhores. [...] [Q]uer vivamos trinta ou cem anos, a questo da qualidade da existncia permanece a mesma. A nica maneira de vivermos uma existncia de qualidade dando-lhe um sentido interior, e a nica maneira de lhe dar um sentido interior conhecer e transformar a mente. buddhista, assim como o de todas as grandes tradies espirituais, o de ajudar a nos tornarmos seres humanos melhores. [...] [Q]uer vivamos trinta ou cem anos, a questo da qualidade da existncia permanece a mesma. A nica maneira de vivermos uma existncia de qualidade dando-lhe um sentido interior, e a nica maneira de lhe dar um sentido interior conhecer e transformar a mente. No devemos esperar que o buddhismo seja praticado no Ocidente como foi no Oriente, particularmente no seu aspecto monstico e eremtico, mas tudo indica que o buddhismo dispe dos meios necessrios para contribuir para a paz interior de cada um. Tambm est fora de questo criar um "buddhismo ocidental", enfraquecido pelas mltiplas concesses aos desejos de cada um. Devemos sim utilizar as verdades do buddhismo para atualizarmos o potencial de perfeio que todos ns temos. [...] [N]enhum dilogo, por mais fecundo que seja, pode substituir o silncio da experincia pessoal, indispensvel compreenso ntima das coisas. Com efeito, a experincia o caminho. Como o Buddha disse tantas vezes, "cabe a cada um de ns percorrer o caminho", de modo que, um dia, o mensageiro se torne, ele prprio, a mensagem. (Citado por Matthieu Ricard em Le Moine et le Philosophe) A religio do futuro ser uma religio csmica. Dever transcender um Deus personalizado e evitar os dogmas e a teologia. Abarcando ambos, o natural e o espiritual, dever basear-se em um sentimento religioso nascido da experincia de todas as coisas como uma unidade significativa. O buddhismo responde a essa descrio. Se existe alguma religio que pode ir de encontro s necessidades cientficas modernas, esta religio o buddhismo. A Lenda do Buda  INCLUDEPICTURE "http://www.indiasabedoria.hpg.ig.com.br/A%20lenda%20de%20Buda.jpg" \* MERGEFORMATINET A LENDA DO BUDA um testemunho, no do que Buda foi, mas sim do que chegou a ser em muito pouco tempo. Pesquisadores acrescentam que o budismo encontrou sua expresso mais profunda tanto no lendrio como no mtico. A lenda nos revela o que acreditaram inumerveis geraes de homens piedosos e segue perdurando na mente de grande parte da humanidade. A biografia comea no cu. O Bodhisatva (o que chegar a ser Buda, ttulo que significa "O Desperto") logrou, por mritos acumulados em infinitas encarnaes anteriores, nascer no quarto cu dos deuses. Olha a terra do alto e examina atentamente o sculo, o continente, o reino e a casta em que renascer para ser Buda e salvar os homens. Escolhe sua me, a rainha Maya (nome que significa a fora mgica que cria o universo ilusrio), mulher de Sudohodana, que rei na cidade de Kapilavastu, ao sul de Nepal. Maya sonha que entra em seu flanco um elefante de seis presas, tendo o corpo branco como a neve e a cabea cor de rubi. Ao despertar, a rainha no sente qualquer dor ou sensao de peso, mas to somente agilidade e bem estar. Os deuses criam um palcio em seu corpo; neste recinto, o Bodhisatva espera rezando a sua hora. No segundo ms da primavera a rainha atravessa um jardim, e uma rvore, cujas folhas resplandecem como a plumagem de um pavo real, lhe estende um ramo que ela aceita com naturalidade. Neste momento o Bodhisatva se levanta e nasce pelo flanco direito da rainha sem lhe causar mal. O recm-nascido d sete passos, olha direita e esquerda, acima e abaixo, atrs e adiante, constata que no universo no h outro igual a ele e anuncia com voz de leo: Sou o primeiro e o melhor, este o meu ltimo nascimento e venho dar fim dor, doena e morte. Duas nuvens vertem gua fria e quente para banhar me e filho; os cegos enxergam, os surdos ouvem, os aleijados caminham, os instrumentos musicais tocam sozinhos; os deuses do quatro cu se regozijam, cantam e danam; os condenados no inferno esquecem sua dor. Naquele mesmo instante nasce sua futura mulher, Yosodhara, como nascem tambm seu cocheiro, seu cavalo, seu elefante e a rvore a cuja sombra chegar a libertao. O menino recebe o nome de Sidharta e tambm conhecido pelo nome de Gautama, que foi adotado por sua famlia, os Sakyas. A me morre aos sete dias de haver nascido o Bodhisatva e sobe aos cus dos trinta e trs devas. Um vidente, Asita, ouve o jbilo destas divindades, desce da montanha, toma o menino em seus braos e diz: o incomparvel. Comprova nele as marcas do eleito: uma espcie de alta coroa orgnica na metade do crnio, pestanas de boi, quarenta dentes muito unidos e brancos, queixada de leo, altura igual extenso dos braos abertos, cor dourada, membranas interdigitais e centenas de formas desenhadas nas plantas dos ps, entre as quais figuram o tigre, o elefante, a flor de ltus, a montanha piramidal Meru, a roda e a sustica. Em seguida Asita chora porque se sabe demasiado velho para receber a doutrina que o Buda predicar no futuro. Os intrpretes do sonho de Maya profetizaram que seu filho ser dono do mundo (um grande rei) ou o redentor do mundo. O seu pai prefere o primeiro e faz erguer trs palcios para Sidharta, dos quais exclui tudo que possa revelar a ele a sensibilidade, a dor ou a morte. O prncipe se casa ao cumprir dezenove anos de idade, porm antes deve ser vencedor em varias competies, que incluem a caligrafia, a botnica, a gramtica, a luta, a corrida, o salto e a natao. Deve tambm triunfar na prova do arco. A flecha disparada por Sidharta cai mais longe que todas as demais, e onde cai brota uma fonte. Estes lauris so smbolos de sua futura vitria sobre o demnio. Dez anos de ilusria felicidade transcorrem para o prncipe, dedicados aos gozos dos sentidos em seu palcio, cujo harm abriga oitenta e quatro mil mulheres. Sidharta, porm, sai certa manh em seu carro e v, com assombro, um homem encurvado "cujo cabelo no como o dos outros, cujo corpo no como o dos demais", e que se apoia em um basto para caminhar e cuja carne treme. Pergunta que homem aquele e o cocheiro lhe responde que um velho, e que todos os homens da terra sero um dia como ele. Em outra sada, v um homem devorado pela lepra, e o cocheiro lhe explica que se trata de um doente e que ningum est livre desse perigo. Em outra mais v um homem a quem levam em um fretro, e lhe explicam que este homem imvel um morto e que morrer a lei de todo aquele que nasce. Na ltima sada v um monge das ordens mendicantes que no deseja nem morrer nem tampouco viver ( nas ltimas formas da lenda, estas quatro figuras so fantasmas ou anjos). A paz est espelhada em sua face; Sidharta encontrou o caminho. Na noite em que toma a deciso de renunciar ao mundo, lhe anunciam que sua mulher, havia dado a luz a um filho. Regressa ao palcio e meia-noite, aps despertar, percorre o harm e v mulheres adormecidas. A uma escorre baba pela boca; outra, com os cabelos soltos e desordenados, parece Ter sido pisoteada por elefantes; outra fala dormindo; outra mostra seu corpo cheio de chagas; e todas parecem mortas. Sidharta diz: "Assim so as mulheres, impuras e monstruosas no mundo dos seres mortais; o homem porm, enganado por seus adornos, as julga cobiveis". Entra no aposento de Yasodhara e a v dormindo com a mo sobre a cabea do filho. Pensa: "Se retiro essa mo de seu lugar, minha mulher despertar; quando for Buda voltarei e tocarei meu filho". Foge do palcio rumo ao oriente. Os cascos do cavalo no tocam a terra, as portas da cidade se abrem sozinhas. Atravessam um rio, despede o servial que o acompanha, entrega a ele seu cavalo e suas vestes e corta o cabelo com a espada. Atira o cabelo cortado para o alto e os deuses o recolhem como relquia. Um anjo que assumiu a forma de um asceta lhe entrega as trs peas do traje amarelo, o cinto, a navalha, a tigela para esmolas, a agulha e a peneira para filtrar a gua. O cavalo regressa e morre de dor. Sidharta fica sete dias na solido. Depois procura os ascetas que moram na selva; uns esto vestidos de ervas, outros de folhas. Todos se alimentam de frutos; uns comem uma vez por dia, outro cada dois dias e outros cada trs. Rendem culto gua, ao fogo, ao sol ou lua. Existe quem esteja sobre um nico p e outros que dormem sobre leitos de espinhos. Estes homens lhe falam dos mestres que vivem no norte, mas as razes destes mestres no o satisfazem. Sidharta vai para as montanhas, onde passa seis duros anos entregue mortificao e ao jejum. No muda de lugar quando sobre ele caem a chuva ou o sol; os deuses crem que morreu. Compreende, finalmente, que os exerccios de mortificao so inteis; levanta-se, banha o corpo nas guas do rio e come um pouco de arroz. Seu corpo recobra imediatamente o antigo fulgor, os sinais que Asita reconheceu e a aurola perdida. Pssaros voam sobre sua cabea para render-lhe homenagem e o Bodhisatva senta-se sombra da rvore da iluminao e se pe a pensar. Resolve no levantar-se da at haver alcanado a iluminao. Mara, o deus do amor, do pecado e da morte, ataca ento a Sidharta. Este mgico duelo ou batalha dura uma parte da noite. Mara, antes de combater, sonha que foi vencido, que foi perdido seu diadema, murchas as flores e secos os tanques dos palcios, rompidas as cordas dos seus instrumentos musicais, coberta de p a sua cabea. Sonha que durante a luta no pode desembainhar a espada, mas congrega, apesar de tudo, um vasto exrcito de demnios, tigres, lees, panteras, gigantes e serpentes alguns eram grandes como palmeiras e outros pequenos como crianas -, cavalga um elefante de cento e cinqenta milhas de altura e assume um corpo com quinhentas cabeas, quinhentas lnguas de fogo e mil braos, cada um deles com uma arma diferente. Os exrcitos de Mara arrojam montanhas de fogo sobre Sidharta e estas, por obra do seu amor, se convertem em palcios de flores. Os projteis formam um alto docel sobre sua cabea. Mara, vencido, ordena a suas filhas que tentem seu antagonista, e elas o assediam e lhe dizem que esto feitas para o amor e para a msica. Sidharta, porm, recorda-lhes que so ilusrias e irreais, e, apontando-lhes o dedo, as transforma em velhas decrpitas. Coberto de confuso, o exrcito de Mara se Dispersa. S e imvel sob a rvore, Sidharta v suas infinitas encarnaes anteriores e as de todas as criaturas; abarca com um golpe de vista os inumerveis mundos do universo; depois, a concatenao de todas as causas e efeitos. Intui ao amanhecer as quatro verdades sagradas. J no o prncipe Sidharta, o Buda. As hierarquias dos deuses e os budas futuros o adoram, porm ele exclama: O BUDISMO E A CONDIO HUMANA Jamgon Kongtrul Rinpoche III O budismo no um fenmeno cultural. No do Oriente nem do Ocidente. O budismo essencialmente chegar a ver as coisas como tal. O budismo basicamente compreenso e todas as pessoas tm essencialmente o potencial para praticar a sanidade absoluta. Neste sentido, o budismo no uma crena de indivduos ou grupos. uma correlao do conhecer com a experincia baseada no potencial dos prprios seres. Os ensinamentos budistas tm a capacidade de adaptar-se a qualquer contexto cultural. A razo disto que baseiam-se na natureza fundamental dos seres e coisas. No que diz respeito abordagem filosfica do budismo, esta est alm de qualquer forma. Est baseada na compreenso de ser transcendente forma. A verdade est alm da forma. A verdade condicionada est sujeita mudana e, assim, est aqum do absoluto. No estamos falando de especulaes e imaginao. No se trata de uma crena do tipo "isto deve ser assim", mas a experincia fala por si mesma. Quando integramos a abordagem filosfica prtica, isto envolve mtodos especficos e prticas que aplicamos na vida diria em relao a nossa conduta externa e intenes mentais. Estes mtodos, no contexto da nossa realidade relativa, esto relacionados s formas. A prtica assume uma forma e gera a tradio, passando a ser vista como uma crena religiosa. Vamos discutir alguns aspectos da viso budista. Todos ns, seres sensoriais, desejamos nos libertar do sofrimento e da dor. Com este sincero desejo de libertao nos dedicamos a todas as atividades, e tudo a que nos dedicamos a todas as atividades, e tudo a que nos dedicamos visa a libertao de mais sofrimento. Enquanto prosseguimos nossas vidas, difcil e raro que consigamos o que buscamos ser feliz com o que atingimos. To pronto chega-se a algo, h felicidade superficial e, por trs disto, impossibilidade de satisfao. Quanto mais temos, mais insatisfeito no sentimos, ou seja, h a ausncia de um sentido de moderao. A mente, por seus hbitos, no conhece limites, e da mais e mais sofrimentos decorrem. Assim, o sofrimento contnuo. Isto no so palavras, mas experincia. Como no realizar a liberdade se a procuramos? A questo que nossa abordagem confusa com respeito ao sofrimento. Nossa abordagem ficar livre do sofrimento, mas no sabemos como encontrar o conhecimento de olhar internamente a causa do sofrimento. Quando nos libertamos da prtica externa e da experincia do sofrimento, nos libertamos s na superfcie, sem tocar no aspecto fundamental . O que fazemos tentar evitar a experincia do sofrimento. Temos a noo de que sofrimento algo errado, algo externo, e tentamos ficar afastados tanto quanto possvel. A fuga no d frutos sem que se localize a causa deste sofrimento, e sem dela nos libertarmos no nos libertaremos de sua experincia. equivocado pensar em agastar-se da experincia sem afastar-se da causa. uma viso errada colocar sofrimento com algo externo, como originado de fora. O sofrimento depende de circunstncias externas, mas estas no so a causa-em-si do sofrimento. Quando permitimos que o exterior nos influencie, isto uma permisso. O primeiro discurso do Buda Sakiamuni foi justamente sobre a questo do sofrimento: 1. Entender o sofrimento, chegar a esta compreenso. Buscar entender a verdade do sofrimento em lugar de buscar a eliminao do sofrimento. Compreender a verdade do sofrimento. Mas o que compreender a verdade do sofrimento? Compreendendo a verdade do sofrimento pode-se chegar a causa do sofrimento. O sofrimento no acontece apenas, mas tem origem. A natureza dependente das causas; no h resultado sem causas. 2. A causa do sofrimento pode ser eliminada. A causa do sofrimento um conflito de emoes e karma; tendncias vrias agrupadas. Karma, ignorncia e hbitos so inseparveis. Ignorncia, no budismo, significa a crena em um ego independente. Devido a isto, h a fixao referencial aos outros. Devido forte crena na dualidade eu-outro, h a permanncia da separao sujeito-objeto e o dualismo de eternalismo versus niilismo. Nossa tendncia normal crer que as coisas existem permanentemente (o que o eternalismo), mas nada permanente, e quando h mudana, isto nos perturba pois cremos no permanente. A realidade do mundo nos confronta. Assim, no a mudana que traz o sofrimento, mas a crena no eternalismo. Isto traz o sofrimento at ns. Os fenmenos existem interdependentemente. Tudo existe assim, e o que interdependente no permanente. A outra alternativa seria o niilismo, a inexistncia de tudo. Criado o conflito do eternalismo versus niilismo, estamos, de qualquer maneira, presos dualidade. Portanto, geramos o sofrimento tanto de um extremo como do outro. Esta noo dual de sujeito-objeto nos induza ao surgimento de atividades mentais como agresso, raiva, desejo, apego, ignorncia, cime, etc... Nos ensinamentos do Buda falamos de cinco tendncias que geram o sofrimento. Estas tendncias so o karma. Karma o potencial de chegar a frutificar em resultados. Devido a estas tendncias que falamos, atuamos de modo confuso, agimos de forma nociva com o corpo, palavra e mente, o que conduz a uma maior acumulao de tendncias e karma. Quanto maior a acumulao, mais aes nociva ocorrem e, sem qualquer controle, camos em um ciclo vicioso auto-criado. Temos a crena que somos seres humanos e, ento espertos. Controlamos nossa vida, decises, etc., e gostamos de crer que fazemos coisas pela nossa vontade. Se nosso desejo viver mais e mais sofrimento, ento nossas decises esto corretas. Nossas vises no vm de compreenso correta, mas de nossas distraes. Somos completamente atrados e envolvidos pelas nossas tendncias e distraes. Um exemplo disto: a raiva. Ningum deseja ficar zangado e com raiva; como se chega a isso sem desejar e sem controle? E o controle que pensvamos ter? Quando estamos com raiva e perturbados, todos os tipos de bobagens so ditas, tantas e tais coisas que nem sabemos o que falamos, o corpo treme... Quando isto passa, olhamos para trs, vemos com inteligncia, e muitas vezes dizemos: no foi correto. Fica claro que no queramos dizer o que dissemos, fazer o que fizemos. e nos aborrecemos por isso. Quem j viveu isso no diz ter sido bom. No feito sob o nosso controle. No s nossa vivncia de raiva veio e perturbou, mas seres humanos outros nos diriam, "fiquei muito assustado com sua raiva". Nossa experincia de sofrimento surge da experincia de uma mente confusa, e esta, da experincia de hbitos confusos. Segundo a tradio budista, se no somos capazes de examinar e gradualmente ganhar liberdade frente s tendncias habituais da nossa mente, nunca vamos nos libertar do sofrimento e insatisfao. Arranjar as coisas externamente no vem ao caso. As circunstncias externas e nossa reao so projees mentais nossas. Para algum libertar-se dessas tendncias habituais, a nfase desenvolver a estabilidade da mente e da a mente consciente e atenta, sem a qual no temos controle. Para experimentar uma maior estabilidade da mente consciente e atenta, pratica-se a meditao. Meditao o desenvolvimento de prticas e hbitos da mente que conduzem a mais e mais familiaridade com a estabilidade e clareza desta mente. Assim, a palavra budismo significa o caminho internalizador, significa voltar a ateno para o interior e examinar a mente, e operar com ela para dentro. A a questo, por acreditarmos que o problema externo, equivocadamente o vemos l fora. Na tradio existem vrios estgios, de acordo com as necessidades e capacidades das pessoas, e um destes especialmente importante: a estabilidade e clareza da mente. Existimos para isto. E s aps este grande trabalho possvel compreender a importncia de desenvolver um corao suave e bondoso e reconhecendo a prpria capacidade - bodicita - voltar-se aos outros. importante para os indivduos compreender que a fonte e origem do sofrimento interna. O potencial para a libertao est tambm dentro. Sem controle nada podemos fazer e nada merecemos. Na verdade, temos a capacidade de iluminao total. A essncia do ensinamento do Buda Sakiamuni esta: no devemos cometer nenhuma ao nociva, devemos evitar o egosmo e evitar de ferir os outros por palavras, aes ou pensamentos. No permita que sua mente seja dominada pelas emoes cegas (kleshas, nyon-mongs). preciso perseverar na prtica da ao completamente s e, atravs da compaixo, fazer o que os outros precisam. Abandonar o nocivo, praticar a sanidade. Praticar a mente totalmente descondicionada. Praticar a total no-agressividade e a bondade e suavidade libertas. Alcanar este estado o ensinamento do Buda e sua experincia. Para concluir: timo que pratiquem a meditao. Sentem com vocs mesmos em lugar de sentar com os outros. Conhecer-se melhor, j que com cada um que cada um vive e no com o outro. Surpresas agradveis tero. Somos mais agradveis e temos mais recursos do que imaginvamos. O Buda e a iluminao no esto fora, nem temos que aguardar ajuda externa mas apenas vivenciar o prprio potencial. nossa responsabilidade conhecermo-nos melhor. Existem oportunidades de ajuda e apoio no apenas para ajudarmos a ns mesmos, mas quanto melhor nos sentirmos, mais generosos e bons seremos com os outros. Qualquer um, usando inteligncia e mtodo, ter xito.  INCLUDEPICTURE "http://www.geocities.com/~bodisatva/kongtrul.gif" \* MERGEFORMATINET  Perguntas da platia P. Como o budismo v o sentimento de culpa? R. Isso depende do que significa culpa para voc. Se culpa significa que voc est consciente de insanidades de voc mesmo, consciente que isto tem que ser corrigido e que voc pode faz-lo, em algum momento voc o far. Neste caso, esta experincia de culpa que lhe permitiu trabalhar as dificuldades. Neste caso bom ter culpa. De outro lado, se voc acredita ter feito mal e sente-se culpado, sem compreender que isto produto da ignorncia, esta atitude acumula um hbito de culpa. P. O que felicidade? Vocs so totalmente felizes? R. A experincia da verdadeira felicidade est alm de felicidade e no-felicidade. Se estamos apegados felicidade, no estamos felizes - interdependncia. Pela crena na felicidade, infelicidade concebida; pela crena na infelicidade, felicidade e concebida. Se felicidade est alm dos conceitos, e quando a tentativa feita, o verbalizado carece de sentido. P. Casamento, sim ou no? R. Onde est a mente, esta a questo. A relao nem positiva nem negativa. Voc seria excelente monja tambm, se quisesse. P. A verdade absoluta permanente? R. Est alm de permanncia e impermanncia, e at permanente. P. Seria ento esttica, sem dinamismo? R. Quando se fala em verdade absoluta e esttica, pensamos concretamente nela. Quando falamos de imunidade, isto est alm da concepo relativa de mutabilidade e imutabilidade. Quando falamos de verdade absoluta, o grau de absolutividade da verdade absoluta depende da crena no eternalismo e niilismo. Como explicar o que verdade absoluta? A experincia de verdade absoluta vem do entendimento e compreenso do que verdade absoluta. Com uma compreenso intelectual estamos ainda longe da experincia, a falamos em vazio, que no o vcuo dual, a falta de algo. Quando focamos um objeto, h duas realidades nele. A realidade de como ele surge ao observador, a da aparncia, e depois a coisa como em si. Normalmente separamos as duas. Uma exclui a outra, no so as duas ao mesmo tempo. A realidade aparente resultado da atitude eternalista, a que atribui realidade aparncia. Quando mostro minha mo, todos a reconhecem, uma mo. Ento existe a realidade aparente, a mo. Mas do ponto de vista do que ela , nenhuma mo existe, no um rtulo da mente. Enquanto realidade aparente, a mo existe como imagem, com rtulo mental. Olhando mais de perto, o que vemos a pele-mo, dedo-mo, asso-mo. O que sua mo? S quando todos esto juntos podemos dizer: uma mo. Tomando-os parte, nenhuma mo encontrada. Na realidade absoluta uma mo no existe, mas, ao mesmo tempo, no um erro cham-la de mo, contanto que no nos apeguemos a isto com uma mo. Isto no , em realidade, o que pensamos que seja. Estes dois fatos, existncia e no-existncia, no esto em conflito. Na aparncia existe como mo, e mais proximamente no uma mo. A natureza verdadeira da mo vazia, e por ser assim no h impedimento ao surgimento da mo. A realidade da aparncia uma realidade relativa. A realidade absoluta no uma negao da verdade aparente. A verdade absoluta se d na existncia e inexistncia da realidade absoluta. Tudo simplesmente uma projeo da mente. E quem pode determinar a no-existncia e existncia da mente? A mo no diz, "eu sou uma mo", mas a mente sim. A confuso quando algum chega a dizer que sua mo no uma mo. Uma Breve Introduo ao Budismo Lama Padma Samten Existem muitas formas de introduzir o pensamento budista. Farei uma abordagem geral, voltada aos aspectos mais internos do que significam os ensinamentos do Buda. Apresentando o budismo como um remdio para duka O budismo pode ser apresentado como um remdio. Olhemos esse aspecto em primeiro lugar. O prprio Buda ofereceu os ensinamentos dessa forma. Quando o Buda era um prncipe, percebeu que todos os seres estavam submetidos a uma doena geral. Essa doena tem um nome especfico, mas no existe correspondente para essa palavra no Ocidente. L no Oriente chamam essa doena de duka. Embora todos tenhamos essa doena, talvez no percebamos sua existncia. Essa doena algo como alegria e sofrimento inseparveis. Na viso budista existe uma nica palavra para esses dois conceitos, eles no podem ser separados. Em nossas lnguas acontece o contrrio, estes conceitos esto separados e no podem ser unificados em um nico termo. Duka pode ser explicado de forma simples a partir do fato de que, quando temos alegrias, elas so sempre, simultaneamente, sementes de sofrimento. Dizemos que esta uma experincia cclica como uma roda girando entre as polaridades de estar bem e estar mal. Gostaramos de encontrar o freio quando estamos na regio de felicidade, e gostaramos de acelerar quando estamos tristes. s vezes achamos que encontramos um controle de velocidade desse tipo, mas logo surgem problemas nessa tentativa de controle. O primeiro exemplo que me surge o de uma me que deseja ter um filho. Quando o beb nasce, primeiro ela pensa: "Que maravilha!" Depois ela percebe que tudo que acontece ao filho a perturba intensamente. Na exata medida da intensidade daquela alegria, surge o sofrimento. E assim com todas as relaes humanas. Outro exemplo: uma pessoa est em algum lugar no sei bem onde poderia ser e v um ser maravilhoso, fantstico, inacreditvel. Esta pessoa pede aos deuses: "Por favor, deixe-me chegar perto daquele ser to maravilhoso." Se por acaso os deuses esto de bom humor, podem at conceder alguma interao E logo a pessoa descobre-se vigiando aquele ser, absolutamente insegura em relao sua tnue conexo com ele. E o mais curioso: a intensidade da vigilncia, a intensidade do sofrimento causado por esta vigilncia e a intensidade da insegurana quanto aos rumos da relao correspondem exatamente intensidade da beleza daquele ser. Ou seja, quanto maior a beleza, maior a vigilncia, o sofrimento e a insegurana. Chamamos isto de duka. No h como evitar este tipo de inquietao. Para todas as caractersticas favorveis que percebemos no mundo, existem problemas correspondentes, exatamente no mesmo grau. H problemas de outros tipos. H os ligados impermanncia. Lembro de um casal que sofreu uma tragdia verdadeira. Seu carro foi levado por uma enchente, e a filhinha disse: "Papai, no me deixe morrer." Mas os filhos ficaram dentro do carro, e os pais, ainda que tenham sobrevivido, no puderam resgat-los. Todas as vezes que esses pais lembrarem disso, vo sofrer. Outra situao mais amena: olhamos para uma bandeja de doces maravilhosos [algum havia enviado uma bandeja de doces ao lama naquele dia] e pensamos: "Que maravilha!" Podemos at ficar contemplando a bandeja e examinando cuidadosamente nossos apegos, examinando como surgem os ventos internos e as reaes condicionadas. Tiramos a tampa da bandeja, e surgem energias ntidas dentro do nosso corpo tapamos, e as energias se vo. Este um exerccio interessante. Cada pequeno objeto, cada pequena pedrinha na paisagem tem uma correspondncia interna em ns na forma de energias que percorrem nosso corpo e nervos. A isto chamamos ventos internos. Nosso apego no s coisas, mas aos ventos internos que elas provocam. Os ventos internos so a experincia ntima dos objetos e tambm dos seres. Esta dependncia e apego so a base de duka. Os problemas ecolgicos so outros exemplos de duka. Nunca desejamos destruir a natureza. Queremos apenas meios de transporte, adubos, plsticos, papel, refrigeradores... Mas isso gera problemas. Cada uma das aes humanas tem um objetivo, mas cada uma delas tem um resultado tambm. Isso resumido pela palavra duka. No sentido geral, cada um dos seres sente duka em seu prprio corpo. Cada um nasce, envelhece, adoece e morre. No sentido budista, quando a morte vem, no o fim. Dentro do crculo representado pela palavra duka, h uma semente de inteno que perdura, o que morre um personagem. como um filme que acaba no cinema; outras imagens vo surgir na tela aps a projeo daquele filme. Se h um cinema, outro filme sempre entra em cartaz. Temos um processo infindvel de vida, nascimento, decrepitude, morte, vida. No precisamos acreditar no renascimento. Pode-se ficar em uma morte apenas, mas ainda assim no conseguimos frear a doena de duka. Todos os aspectos do budismo so propostos como remdios para esta doena. por causa desta doena que surge o budismo. Observando de forma ampla o sentido de duka, percebemos que Buda a estudou detalhadamente e descobriu uma natureza que est alm de toda esta complicao. Podemos ter uma noo do que seja isso da seguinte forma: reconhecemos que fomos bebs, criancinhas, crianas maiores, adolescentes, adultos e em cada etapa como se houvesse toda uma viso de mundo correspondente. Temos uma identidade, olhamos com estranheza as vidas que os outros levam. De dentro do nosso ponto de vista, nunca entendemos completamente o que os outros fazem. Lembro da minha adolescncia; eu olhava para as outras pessoas e achava aquelas vidas muito estranhas, realmente no conseguia entender por que as pessoas se portavam daquela forma. Via crianas sendo maltratadas e tinha uma sensao de grande vantagem por ter minha prpria me. Quando estamos imersos na nossa prpria forma de ver as coisas, s podemos ver de forma estranha o modo de vida dos outros. Ento percebemos que nossas prprias vises anteriores eram vises particulares. Ao examinarmos as vrias fases de nossa vida, percebemos que as vrias vises so perfeitas enquanto acontecem, mas no so de forma alguma estveis, permanentes. Quando elas mudam, pode surgir uma pergunta: "O que permaneceu ao deixarmos de ser crianas e nos tornarmos adultos?" O que permanece um misterioso brilho interno. O Buda usou este mesmo exemplo da criana, do adolescente e do adulto. Ele apontou esta essncia que vai transitando de um para outro, esta capacidade de discriminar, como a qualidade que est mais prxima do permanente. Assim, a partir deste processo, se quisermos ver o que o budismo de fato, no devemos pensar em pocas, pois a experincia de duka no est limitada pelo tempo O prprio Buda histrico, o Buda Sakyamuni, no foi o primeiro Buda. Como ele mesmo relata, serviu e ouviu instrues de incontveis Budas no passado. Ao aprofundarmos o significado da palavra Buda, percebemos que os primeiros Budas surgem quando surgem as complicaes. O budismo no algo messinico, Buda no veio anunciar alguma coisa, ele veio manifestar uma liberdade que a maior parte dos seres no v. Na medida em que os Budas periodicamente aparecem e do ensinamentos que surge o budismo. O budismo no propriamente algo que pertena histria humana. Algumas vezes as pessoas colocam os ensinamentos espirituais desta forma: "Quem foi o fundador do budismo? Quando e onde surgiu o budismo? O budismo acredita em reencarnao? Que tipo de preceitos morais so praticados pelo budista? Qual a diferena entre tal e tal escolas budistas?" Esta anlise do budismo em forma de questionrio talvez no ajude muito. Para o cristianismo existe o Antigo Testamento e a tbua de Moiss, que ele recebeu de Deus no topo do Monte Sinai. Assim surgem os ensinamentos cristos: Deus se apresenta a Moiss e revela a verdade. O cristianismo depende da Bblia, ela a verdade para o cristo. No sentido budista no existe uma bblia. J que colocamos os ensinamentos budistas na forma de um remdio destinado a remover o sofrimento originado por duka, quando isso acontece, ou seja, quando o sofrimento gerado por duka realmente cessa, atinge-se uma situao alm de espao e de tempo, de escrituras e profetas. Assim se d a liberao da existncia cclica. Mas o que fazemos quando estamos liberados? A primeira coisa que fazemos abandonar o remdio. O budismo se extingue com seu efeito. Quando a liberao acontece, o budismo some completamente. Existem vrias imagens para descrever este processo. A imagem do barco, por exemplo. Existe o rio do sofrimento, a margem do sofrimento e o barco da liberao, que leva margem da liberao. Tudo o que fazemos atravessar o rio e abandonar o barco. No teria sentido ficar no barco. Quando chegamos ao destino samos do barco. Tudo que fazemos atravessar, ento abandonamos o barco. Quando fazemos uma viagem de nibus, o que se faz? Ser que pensamos: "Vamos ser fiis ao nibus?" No. Ao final da viagem abandonamos o nibus. Quando a pessoa se vincula aos ensinamentos budistas ela no est se filiando a uma experincia sectria. Ela est apenas em busca da liberao da existncia cclica o Buda apenas um guia. Por exemplo: se uma pessoa est na cidade de So Paulo e precisa ir de um extremo ao outro, talvez isto seja muito difcil se ela no conhece a cidade; mas, da segunda vez, talvez seja bem mais fcil. A funo do Buda esta: ajudar as pessoas a percorrer o caminho at a liberao do sofrimento de duka. O Buda completou o trajeto. Depois, durante 46 anos, ele deu o ensinamento de como cruzar efetivamente para a outra margem. Durante a vida do Buda, as pessoas guardavam de memria o que ele falava. Quando o Buda desapareceu, elas registraram em papel. E surgiu uma vasta obra escrita baseada nos ensinamentos orais do Buda. Muitos seguidores do Buda escreveram muitos livros, sempre lembrando que "a sabedoria no est nos livros". Ento estudamos minuciosamente aqueles textos e sabemos de cor que "a sabedoria no est nas palavras". Agora os ensinamentos chegam lngua portuguesa. Traduzimos do tibetano, chins, japons, snscrito ou pli, para o portugus. Parece contraditrio traduzir textos, mesmo sabendo que a sabedoria no est l que, ainda que no esteja, os textos podem, eventualmente, umedecer as sementes de sabedoria que temos naturalmente. Esta a sua funo. Estamos apresentando o budismo atravs da palavra duka. H representaes dela as imagens da roda da vida so exemplos. A roda da vida muito interessante, em outra ocasio abordarei isso, sobre como meditamos na roda da vida, como mudamos nosso comportamento na vida cotidiana de acordo com isso. Estes mtodos fazem do budismo algo realmente excelente. Apresentando o budismo atravs do Buda Outra forma de explicar o budismo seria de uma forma positiva. Ao invs de comear com o sofrimento de duka, explicamos o budismo atravs da forma do Buda. Ou seja, atravs da palavra Buda. O que Buda? A natureza completamente liberta dos hbitos, dos condicionamentos grosseiros e sutis. Como sabemos que somos presas de tais comportamentos? Basta olharmos para uma bandeja de doces. Dizemos: "Muita gordura, muito acar, isso no faz bem." Mas, ainda assim, percebemos que os doces seguem nos atraindo, independentemente de nossas convices e tratados mdicos a respeito, ou de sabermos por experincia prpria que doces nos deixam enjoados aps comermos alguns a mais. Cada vez que decidimos no mais fazer alguma coisa, dizer no a algo, h uma regio, onde surgem os impulsos, que parece no ser afetada pelas decises Podemos dizer no ao cigarro, no ao lcool, no ao videogame, mas estas coisas seguem nos atraindo. Podemos dizer no inveja, ao desejo-apego, ao cansao, ganncia, raiva ou ao orgulho. Mas parece que tudo continua funcionando da mesma forma, apesar de nossa deciso. Algumas vezes brinco que Charles Bronson meu mestre. Fao o teste: "lamas no podem matar"; da ponho a fita no vdeo, coloco uma estatuazinha do Buda sobre a TV e fico rezando durante o filme, mas aos dez minutos de filme j surge o impulso: "Mata, mata logo, vai!" Por isto ele um mestre, aponta a violncia oculta, mas presente. Aponta a fragilidade latente Isso quer dizer que temos emoes perturbadoras. E ento descobrimos o sentido de uma palavra muito importante a palavra carma. Porque, se estudamos a liberao, temos que estudar o processo oposto, o aprisionamento, que chamamos de carma. Ao observar as grandes poesias e msicas, vemos que so sempre sobre nossos impulsos: "Eu no devia fazer tais coisas, no entanto, elas so mais fortes." Elas so sempre sobre duka, da h duas correntes opostas: "Aqueles cinco minutos valeram a pena", e "no, aquilo nunca mais, o custo demasiado". Por que esses poemas, msicas e fices nos atraem? Por que vivenciamos aquilo? Por que aquela energia percorre nossas veias? Isso acontece porque estamos presos no mesmo tipo de situao mental. Ento, quando falamos de Buda, inevitavelmente temos que falar de carma. Estamos inevitavelmente presos no mesmo tipo de situao descrita na msica ou no romance. Quando olhamos nossa experincia, ao reconhecer tudo isso, vemos que nossa vida tem sido sempre composta de muitos ciclos desse tipo. E de novo voltamos quele mesmo lugar: "Por que fui atropelado?", "por que ela me deixou?", "por que sempre fao tudo errado?". E ento comea tudo de novo, e dizemos: "Ah, agora j sei como ". E as coisas vo assim. Um mestre j falecido dizia: "Se voc culpa seu marido por seus problemas, voc tem uma condenao perptua os prximos vo ter a mesma cara, os mesmos problemas do primeiro." Com namoradas assim tambm. Podemos simplificar todo este processo com uma palavra carma. um processo muito sutil, no uma lei que nos condena. Se fosse assim, no existiria a palavra Buda. Buda no o ser, no uma pessoa. Buda uma condio de libertao de todos esses impulsos. O Buda tambm diz: "No acreditem no que eu digo, testem por si prprios." Ou seja, o que eu ensino no precisa ser tomado como uma verdade a ser aceita. Escutem e testem sua prpria maneira. Apresentando o budismo atravs dos ensinamentos A fala do Buda, seus ensinamentos e explicaes sobre o remdio para duka seriam uma terceira forma de apresentao do budismo. uma apresentao atravs das Quatro Nobres Verdades e do Nobre Caminho ctuplo. Se vocs observarem apenas o que est nas Quatro Verdades e no Nobre Caminho, tero dificuldade de reconhecer o budismo, pois estes ensinamentos esto presentes em outras tradies tambm. As Quatro Nobres Verdades so: a experincia de existncia cclica; o reconhecimento de que a experincia cclica criada artificialmente; a afirmao da possibilidade de dissoluo da experincia da existncia cclica; o Caminho de Oito Passos ou Caminho do Meio, que leva dissoluo da fixao experincia de existncia cclica. Podemos apresentar o budismo atravs destas quatro verdades, e o caminho para descobrir a liberdade o Caminho do Meio, o Nobre Caminho ctuplo. O primeiro passo a deciso de abandonar a existncia cclica e a impermanncia. muito difcil chegar a este ponto. A maior parte do tempo estamos preocupados em ganhar jogos. Isso significaria dizer a um gremista que, se ele abandonasse o campeonato, no sofreria mais. Mas a pessoa diz: "Se eu abandonar o campeonato, no sou mais uma pessoa. Mas e a? Eu vou desaparecer!" A primeira etapa das oito muito difcil, como saltar de um abismo. Parece haver um grande sofrimento nela. Mas, se temos a coragem de ultrapassar este obstculo aparente, nossa vida muda por completo. Curiosamente, isto o oposto do que pensamos convencionalmente. Apenas se liberarmos nossa conexo com a roda da vida que estaremos livres de fato. Presos roda, podemos querer reconhecimento, dinheiro, uma dzia de CDs buscamos essas coisas. como falar com algum que est num campeonato de futebol. A pessoa quer ser campe da Libertadores, campe do mundo, ou, como naquele decalque muito engraado que vi outro dia: "Grmio, Campeo do Planeta". Se tiramos isso da pessoa, parece que a vida perde completamente o sentido. O amadurecimento desta etapa tem uma certa conexo com outras tradies religiosas. Se a pessoa realiza o segundo passo, v-se liberada de todos os impulsos negativos da mente. Quando atinge a liberdade correspondente ao terceiro passo, est livre de todos os defeitos da fala e das emoes E, quando atinge a realizao, a maturidade do quarto passo, est livre de todas as manipulaes de corpo e identidades, est livre de causar mal para si ou para os outros atravs do corpo, fala (ou emoo) e mente. No quinto passo ela se v contemplada com o que poderamos chamar de sorte. como se o universo inteiro comeasse a conspirar pela pessoa. Nesse momento, tudo funciona no apenas para a pessoa, mas para os outros ao redor dela. Este o resultado da maturidade da quinta etapa. A maturidade do sexto passo d pessoa uma grande estabilidade. Uma estabilidade de sade, de vigor fsico, de energia. Esta energia estvel significa tambm destemor. Qualquer trao de medo desaparece isto caracteriza a vitria na sexta etapa. Quando a pessoa atinge a maturidade relacionada ao stimo passo, consegue conceber a natureza divina de todas as coisas. V com nitidez o que se chama de dupla verdade, o aspecto luminoso, sagrado. Percebe o aspecto ilimitado dos gros de poeira, das estrelas, da prpria mente, da aparncia fsica dos seres, dos carrapatos, de tudo. Tambm percebe o aspecto ilimitado presente nos seres abstratos, os seres que no precisam de corpos. Dito assim parece muito mstico, mas a culpa das palavras, elas so assim mesmo. Neste terceiro contexto de introduo ao budismo que estou explicando, coloco as palavras desta forma. Mesmo que elas sejam verdadeiras, no produzem as experincias, produzem apenas curiosidade e predisposio pelas experincias verdadeiras. O oitavo passo significa a liberao completa de todos os sentidos convencionais. Alcana-se a percepo estvel do aspecto ilimitado e da inseparatividade de todas as coisas, sem o aspecto convencional. No stimo passo ainda existe uma dupla verdade, pois h um aspecto convencional em contraponto a um aspecto absoluto. Esses dois ltimos passos so a iluminao, a stima um tipo de iluminao impossvel de superar, e a oitava tambm. Na oitava apenas no h percepo dual. E, por curioso que possa parecer, h um passo adicional alm do Nobre Caminho ctuplo. Buda atingiu as oito etapas sentado sob a rvore bodhi, a figueira sagrada, mas depois levantou-se para ir ao encontro dos seres e ajud-los. o ponto da manifestao completa da compaixo pelos seres. Ele se levanta para benefcio de todos. No uma etapa de liberao propriamente dita a liberao foi concluda no oitavo passo , o momento da ao iluminada. Existe uma diviso comum de trs modos de praticar o budismo. Comeamos ouvindo ensinamentos, depois meditamos sobre eles e a seguir agimos de acordo. por isso que precisamos de centros, como temos aqui [o Centro de Estudos Budistas Bodisatva, na estrada do Caminho do Meio, cidade de Viamo, Rio Grande do Sul]. por isso que estamos construindo um templo. Para fazer girar as vrias etapas da roda do Darma. Precisamos de uma sala onde possamos ouvir, outra onde meditar e ainda o ambiente onde agir. Nosso objetivo ajudar os seres das mais diferentes formas. a manifestao de uma dimenso humana transcendente. Quando ajudamos algum h um aspecto extraordinrio, csmico. Quando ajudamos algum j estamos atuando segundo a compreenso de uma outra pessoa, j nos colocamos em marcha transcendente em relao a nossos prprios impulsos, nossa identidade. No Centro Budista Caminho do Meio temos esse objetivo. Por isso estamos montando uma escola, planejamos uma clnica etc. para, na medida do possvel, ajudar as pessoas a viverem uma vida mais sensata, mais cordial. Tambm tentamos estruturar atividades que resultem em formas de sustento. O centro deve ser um lugar de fora para beneficiar os seres. Agora, se quisermos explicar de uma outra forma, ainda dentro dessa perspectiva descritiva, o budismo inteiro pode ser resumido em trs palavras. A primeira Buda, que j expliquei. A segunda Darma, que mencionei h pouco; o ensinamento que surge na mente do Buda para beneficiar os seres como ele tem liberdade perante o que para ns dificuldade, ele examina o duka dos outros seres e resolve os problemas, manifestando solues. A terceira Sanga, e est relacionada ao Buda. A Sanga surgiu porque o Buda surgiu, 26 sculos atrs. Se no fosse assim, no estaramos aqui estudando esses ensinamentos. como se fosse uma fogueira, a chama em si no pertence a um ou dois dos paus queimando. um calor que surge a partir do conjunto: se separamos um dos paus da fogueira, o fogo termina neste pau. Temos dificuldade de seguir o caminho da liberao sozinhos, mas quando estamos juntos mais fcil. Chamamos isso de Sanga. Ela capaz de queimar nossos problemas. Tambm comparada a um recipiente e um pilo. Um centro de Darma, um grupo de praticantes, como se fosse o recipiente, e o sucessivo bater do pilo a vida cotidiana. Somos os gros de arroz com casca. A vida vai batendo, e as cascas vo caindo. Este o efeito da Sanga. O exemplo do Zen, claro exemplo Zen sempre com arroz Apresentando o budismo atravs da meditao H vrias maneiras de introduzir os ensinamentos, vrios estilos de ensinamentos. Uma das avenidas tradicionais, ensinada pelo prprio Buda, o caminho da meditao tranqilizadora. A gente simplesmente senta e pratica o primeiro dos oito passos, e os outros seguem-se sucessivamente. Com a mesma aparncia externa da posio de ltus, segue-se etapa por etapa. Neste caminho a pessoa entra, senta e vai colhendo as experincias profundas sentado. Este o caminho que o Buda ensinou. Podemos chamar isto de diana, shamata, vipassana ou samadhi; podemos chamar de samassati, mahasandi, mahamudra. De acordo com o contedo, com o que acontece por dentro. O Buda descreve minuciosamente estes passos. O Buda diz: "No acreditem!", ou: "Nos textos no est a verdade! Testem!" Mas ainda assim o Buda descreve. O Buda diz que a verdade no est nos textos, mas, dependendo da realizao da pessoa, o texto pode espelhar essa realizao, e a pode ser til de alguma forma. Temos ento o aspecto discursivo, que pode ser misturado com o anterior. Cada um deles precisa dos outros. Se a pessoa s fica sentada, pode ficar apenas em confuso, preciso algum tipo de instruo. O obstculo da meditao nunca resolvido na meditao. A pessoa precisa ouvir os ensinamentos e meditar, mas s ouvir no adianta, ela precisa aplicar na vida cotidiana, e ento a meditao funciona. Apresentando o budismo atravs da bondade Depois existe uma outra abordagem, que simplesmente praticar bondade. A bondade uma capacidade de ir alm da prpria identidade e encontrar os outros seres. uma imediata prtica de transcendncia ativa. O Dalai Lama diz: "Eu no sou budista, a minha religio bondade, amor e compaixo." A instruo seria assim: apenas pratique bondade; se tiver dvidas e pensar: "Isto fcil, isto ingnuo", chame o "mestre" Charles Bronson vai ficar claro como este caminho desafiador. Podemos acreditar que existem seres terrveis, responsveis pelos problemas do mundo. Mas h uma liberdade que no conseguimos captar na sua natureza terrvel. Apenas dizer que so terrveis no explica tudo. Um psiquiatra poderia dizer: "Trato todas as pessoas, menos os loucos" , mas seria um absurdo. O psiquiatra algum que tem afinidade com os loucos, ou seja, esta a funo dele. Por isso, no negamos que os seres sejam terrveis ou loucos, mas porque as coisas so dessa forma que o psiquiatra necessrio. Na verdade no negamos as caractersticas dos outros, mas vamos nos comportar de forma diferente. Os chineses esto trucidando os budistas no Tibete, mas o Dalai Lama, embora no diga que eles so bonzinhos, ainda assim mdico deles tambm. Os chineses tm suas caractersticas e esto dentro da roda. H algum tempo aconteceu um incidente com monges na Coria. Pode parecer que isso apenas "suje" o nome do budismo, mas h um aspecto maravilhoso. As pessoas devem abrir os olhos e ver que no basta fazer os votos, necessrio cumpri-los. No por usar uma roupa diferente que se abandona o carma e os impulsos no virtuosos dos seres humanos. No to fcil. Seria como dizer que apenas por se dizer budista uma pessoa estaria iluminada. Isso me lembra aquele ministro religioso que foi reconhecido em um motel com uma senhora que no era propriamente sua esposa. Foi uma coisa terrvel, ele era admirado por muitas e muitas pessoas. A ele foi para a TV e disse: "Viram? Eu sempre disse a vocs, o diabo um perigo verdadeiro!" Da os monges aparecem na TV revelando dimenses de grande agresso. Na verdade devemos entender que a roda um perigo As coisas so assim, isto revela um lado humano. Os monges so seres humanos. A forma monstica uma forma de viver. Raspar a cabea no raspa as emoes perturbadores. O importante rir. Rir das nossas expectativas e idealizaes. Lembro do primeiro mestre tibetano que ouvi, Sua Eminncia Jangom Kongtrul Rinpoche III. Perguntaram a ele: "Os tibetanos esto mais prximos da iluminao que os ocidentais?" Quando Tenzin, o tradutor tibetano, traduziu, o mestre no parava de rir. "Ser que mesmo assim, Tenzin?", Rinpoche perguntou, jocoso. E no parava de rir Certamente ele sabia algumas boas histrias do Tenzin. Rir uma coisa bem boa. Rimos de ns mesmos. Levar as coisas muito a srio um grave problema. O Buda mesmo disse: "Se algum fizesse as prostraes para mim pelas minhas 32 marcas, este seria um herege." Pois um ser liberto no identificado por caractersticas particulares. Ento, quando criamos expectativas e depois nos frustramos, estamos apenas criando seres e colocando idealmente qualidades ilimitadas neles. Mas isto foi apenas um longo parntese sobre a questo da bondade. Essa bondade pode tambm ser descrita em dez nveis. Mas no h tempo para este estudo aprofundado agora. Apresentando o budismo atravs dos Yidams ou da perfeio de todas as coisas Outra forma aparentemente diferente de se aproximar do budismo olharmos para as deidades e suas qualidades e procurarmos copiar de imediato estas qualidades. Em vez de pensar na roda, na estabilizao meditativa, ou na bondade, praticamos sadanas referentes a Yidams. um outro caminho, pode ser praticado sozinho, mas caracteriza uma abordagem em si mesma. Existe ainda uma outra forma, na qual resumidamente se compreende o primeiro passo do Nobre Caminho ctuplo e se utiliza a vontade de superao da experincia da existncia cclica como combustvel poderoso para penetrar nas prticas de meditao na perfeio de todas as coisas. No vamos usar conceitos de amor e compaixo, no vamos praticar virtudes nem a supresso das no-virtudes; focamos diretamente a natureza ilimitada. O reconhecimento da natureza ilimitada produz a superao de todas as prises e carmas, nada mais necessrio. Todos esses mtodos tm superposies uns com os outros, e cada um apresenta dificuldades especficas. Neste ltimo mtodo, por exemplo, o foco no est na prtica, no trabalho, na famlia ou nos centros de atendimento. A nfase est especialmente nos retiros. Para praticar o budismo H uma grande diversidade de formas de prtica no que diz respeito aos ensinamentos. Este o corpo de ensinamentos do Buda, mas muitos ensinamentos podem vir a ser necessrios antes mesmo de se poder entrar no Nobre Caminho ctuplo. Podemos dizer que 90% ou 95% dos seres no podem praticar imediatamente as Quatro Nobres Verdades e o Nobre Caminho ctuplo, pois estes ensinamentos pareceriam demasiado sofisticados ou fora de propsito. As pessoas esto presas a ideologias, formas de compreenso, hbitos mentais, solues aparentes, prioridades invasivas que as impedem. Ajudar estes seres o foco da maior parte dos ensinamentos dos mestres. Se eles compreenderem a bondade, o amor e a compaixo, isto ser maravilhoso. como o Buda disse: "Pratiquem a bondade, no criem sofrimento, dirijam a prpria mente. Esta a essncia do Budismo." (Este texto originou-se da transcrio de palestra proferida no Centro de Estudos Budistas Bodisatva, na estrada do Caminho do Meio, em Viamo, em 19 de outubro de 1999. A presente verso do texto fruto da compilao e reviso de  HYPERLINK "http://dharmabum.tw.st" \t "_top" Padma Dorje  HYPERLINK "mailto:pdorje@zaz.com.br" pdorje@zaz.com.br da reviso de Gustavo Guerra  HYPERLINK "mailto:gguerra@ced.ufsc.br" gguerra@ced.ufsc.br , e da edio final do texto por Lcia Brito em novembro de 2000, sob a orientao do lama, para benefcio de todos os seres) A TRADIO BUDISTA Jamgon Kongtrul Rinpoche III Muitos de vocs devem conhecer os ensinamentos budistas que tiveram a sua origem com Buda Sakiamuni h mais de 2500 anos, na ndia, de onde foram levados para todo o mundo. Eles chegaram primeiro no Oriente, nos pases da sia e no Tibete, enraizando-se profundamente. Como foi profetizado, agora o budismo chega ao Ocidente. H quem pense que o budismo uma religio oriental, um produto do Oriente ou de um conjunto de culturas orientais. Quando se associa budismo com Tibete ou tibetanos, pensa-se que o budismo tibetano. O budismo no uma crena ou tradio numa cultura, quer dizer, no nem especificamente oriental nem especificamente tibetano. O budismo mais do que crena associada a uma cultura. O fundamento do budismo a compreenso da natureza bsica das coisas e dos fenmenos: assim os ensinamentos budistas tratam da natureza das coisas e da premissa de que cada indivduo, sem exceo tem potencial para experienciar a sanidade total inerente a todos os seres. Assim, o budismo no apenas uma crena levada a srio por certas pessoas ou grupos, mas uma acumulao de conhecimentos e de experincias da natureza e do potencial dos seres humanos. Os ensinamentos budistas adaptam-se a todos os contextos culturais por tratarem, simplesmente, da natureza fundamental da experincia, e assim, filosoficamente, o budismo est para alm de qualquer forma condicionada. Pode-se tambm dizer, a verdade absoluta ou suprema est alm da forma condicionada. Toda forma condicionada est sujeita a mudanas e o que est sujeito a mudanas no contm verdade absoluta. No pode haver duas verdades absolutas, ou ento, no so absolutas. Mas a viso filosfica precisa ser realizada para que se possa experienciar a verdade absoluta. Quando falamos de experienciar, no especulao ou conjectura, mas sim uma postura intelectual em que se determina que "deve ser assim". Contudo, a experincia fala por si. Quando procuramos integrar a perspectiva filosfica s prticas especficas de hbitos do cotidiano com os nossos propsitos ntimos e no contexto da nossa realidade relativa, associa-se a forma. E como a prtica toda forma, a tradio budista pode parecer uma religio ou uma crena. Cada um de ns, como ser humano, sem exceo, tem um real desejo de se libertar do sofrimento e da dor. Assim, ao nos dedicarmos a qualquer atividade, pensamos tirar alguma vantagem, no sentido de libertarmo-nos cada vez mais do sofrimento. Enquanto continuamos na busca, muito raro sermos bem sucedidos ou nos contentarmos com o que alcanamos. Isso acontece, mas por trs da satisfao pessoal continuamos a sentir uma sutil insatisfao. Quanto mais sucesso encontramos, maior a insatisfao, menor a moderao. Por causa de certos hbitos da nossa mente no somos capazes de estabelecer limites, e dessas insatisfaes nos vm mais sofrimento ainda. Isto no uma fora de expresso, mas vem da experincia e nossas vidas o comprovam. Por que ser que no alcanamos felicidade quando a perseguimos to incessantemente? Porque partimos de uma confuso muito grande quanto ao que seja o sofrimento. Tentamos no livrar do sofrimento, da sensao de sofrimento, mas no sabemos nem compreendemos o que deve ser feito. Nunca nos demos a oportunidade, nunca encontramos o conhecimento que permite observar o que causa o sofrimento. Porque se no nos libertarmos da causa do sofrimento, tentar nos livrar da sensao de sofrimento como arranhar uma superfcie, no chegamos ao problema fundamental. Em geral, tentamos evitar a sensao de sofrimento. Temos a idia de que errado sofrer, que existe exteriormente algo real do qual no devemos nos aproximar. Mas por mais que se queira fugir da sensao de sofrimento, se no nos libertamos da causa do sofrimento nunca nos libertaremos da sensao do sofrimento. Por isso, uma idia muito errada que temos que devemos nos livrar do sofrimento e no da causa do sofrimento; que o sofrimento criado externamente. As circunstncias exteriores podem influir, mas no so de forma alguma a causa do sofrimento. E o grau de influncia que as circunstncias externas podem ter sobre ns depende de quanto vamos permitir a estas circunstncias externas de nos influenciar. Quando Buda Sakiamuni deu o seu primeiro ensinamento conhecido como as Quatro Nobres Verdades, a primeira que precisamos conhecer e compreender o sofrimento. Compreender a verdade do sofrimento. Ele no disse "livrem-se do sofrimento", porm "compreendam a verdade sobre o sofrimento". E o que ser que o Buda Sakiamuni quer dizer com "compreendam a verdade sobre o sofrimento"? Se podemos compreender a verdade sobre o sofrimento, temos a virtude de poder comear a compreender a causa do sofrimento. O sofrimento no acontece simplesmente, o sofrimento tem a sua causa, como todas as coisas. Devido natureza interdependente de todas as coisas no h consequncia sem causa. Assim, na segunda Nobre Verdade, o Buda Sakiamuni disse que precisamos nos livrar das causas do sofrimento. As causas do sofrimento so padres conflitantes de emoo e carma. Nossas vrias tendncias habituais, fruto da ignorncia. Quando nos referimos ignorncia queremos dizer a noo de um eu ou do ego que tenha existncia inerente. Devido idia da existncia do si-mesmo, do eu ou do ego, automaticamente nos vem a fixao referencial da noo do outro, da permanncia do sujeito e do objeto, ou, em outras palavras, a noo dualista de eternalismo e niilismo. A nossa tendncia normal acreditar que as coisas, ou o que quer que seja, existem permanentemente e a cremos no eternalismo. Mas nada permanente e quando vem a mudana somos abalados por termos acreditado na permanncia. Mas a realidade no substancia o que pensamos. Portanto, no a mudana que nos traz o sofrimento, o fato de cremos na permanncia, no eternalismo. No temos a compreenso de que os fenmenos existem interdependentemente. Tudo existe interdependentemente, e o que existe interdenpendentemente no tem permanncia. Portanto, ou cremos na permanncia de tudo ou vamos para o outro extremos, acreditando na no-exitncia de tudo e camos no niilismo. Vivemos num conflito entre o eternalismo e o niilismo, dissociado da realidade fundamental da natureza das coisas, causado pelas tendncias habituais ou fixao dualstica. Por crermos nessa fixao habitual da permanncia do sujeito, na noo de permanncia do objeto e na separao de ambos, temos todas espcie de atitude errnea, como ira, agresso, desejo. Estas fixaes nos levam a agir de forma confusa, nos envolvendo em todo tipo de aes nefastas do corpo, da palavra e da mente que contribuem para o acmulo de tendncia habituais. Quanto mais hbitos confusos acumulamos mais aes nefastas surgiro, sem que se tenha qualquer controle. Desta forma, um certo hbito ou crculo vicioso se inicia. Temos a idia de que ns, como seres humanos, somos medianamente espertos. Pensamos que temos algum controle sobre nossas vidas, que tomamos nossas prprias decises e que decidimos e agimos livremente. Se o nosso desejo de experienciar mais dor, ento as nossas decises se aplicam. Contudo, ns no tomamos decises fundadas na liberdade e na sabedoria. Tomamos nossas decises fundadas na confuso, e somos levados pela confuso que nos diverte. Somos permanentemente atrados pelas nossas prprias confuses. Um exemplo patente sobre o que estamos falando o caso da ira. Ningum tem o desejo sincero de ficar zangado. Se pensamos "quero mesmo ficar zangado", provavelmente no nos zangaremos. Mas, por causa da fora das nossas tendncias habituais, ficamos zangados e no temos qualquer controle sobre esta emoo.  INCLUDEPICTURE "http://www.geocities.com/~bodisatva/tokuda3title.gif" \* MERGEFORMATINET  Este ttulo "Deus e o Vazio", pode parecer estranho. O vazio que a teoria fundamental do budismo, principalmente do zen, o "nada". Dentro do cristianismo tambm podemos encontrar esta compreenso do vazio, como nas palavras de So Joo da Cruz, mstico espanhol. Ele ganhou o ttulo de "doutor em nada". Como nas palestras anteriores, vou continuar falando sobre mestre Eckart, mstico alemo, e mestre Dogen, fundador da linhagem Soto Zen no Japo. Em primeiro lugar escolhi este sermo de mestre Eckart: "Paulo levantou-se do cho e com os olhos plenamente abertos nada viu." Na minha opinio, esse texto tem quatro sentidos: O primeiro que, ao levantar do cho com os olhos abertos viu o "nada", e o "nada" era Deus. O segundo: ao se levantar, nada viu alm de Deus. Terceiro, em todas as coisas nada mais viu alm de Deus. No quarto, quando viu Deus viu todas as coisas como "nada". Esta frase "quando Paulo se levantou do cho com os olhos plenamente abertos nada viu" corresponde experincia de So Paulo quando ia para Damasco. Era contra Jesus Cristo nunca o vira pessoalmente, mas estava em oposio a ele. Nessa viagem, escutando a voz de Jesus Cristo, quase desmaiou. Caiu, levantou-se, tornou a cair, ficou cego trs dias. Depois sua vida mudou totalmente. Em lugar de atacar Cristo, meio que tornou-se discpulo, mesmo nunca o tendo encontrado pessoalmente. Comeou a pregar a palavra de Jesus Cristo para os estrangeiros. Chegou at a brigar com So Pedro. Na Bblia encontramos esse tipo de experincia mstica de So Paulo e So Joo. Comentada por mestre Eckart, a frase me lembra mestre Dogen no captulo "vida e morte" do Shobogenzo, onde dois monges discutiam, "Em vida e morte existe Buda, logo, pr que preocupar com vida-e-morte? 'Vida-e-morte' o mesmo que 'samsara'; mundo ilusrio. Na vida 'samsara'; que vivemos com vida, morte, sofrimentos, existe Buda. Por isso, no se preocupe com essas dores e sofrimentos, dizia um. E o outro, "No, nada disso, em vida-e-morte no existe Buda, no h que preocupar com vida e morte, pelo contrrio." Um dizia que dentro da vida existe Buda e o outro afirmava o contrrio. Discutiram at que um deles, percebendo que no conseguiam sair do impasse, props inquirir o mestre, que respondeu, "Um est muito prximo e o outro longe", e o monge que perguntou insistiu, "Mas quem est mais perto e quem est mais longe?" e o mestre falou, quem est mais prximo no precisa perguntar. Em suma, quem perguntou, perdeu. Se existe ou no existe Buda dentro de vida-e-morte questo ociosa, ambas as posies so verdadeiras, ambas so a mesma. So as duas faces de uma moeda. Uma moeda composta das duas faces. Com pontos de vista diferentes chega-se a diferentes concluses, da mesma forma que o desenho de um cubo, visto de um ponto ou outro, tambm muda. Mestre Eckart v na experincia de So Paulo quatro possibilidades. Na primeira, quando ele se levantou do cho com os olhos abertos e viu o "nada", o "nada" era Deus. Na segunda, ao se levantar ele nada viu alm de Deus. Na terceira, em todas coisas ele nada mais viu alm de Deus. Isto igual discusso anterior sobre o Buda em todas as coisas. Ou seja, em vida-e-morte existe Buda, por isso voc no precisa se preocupar. Dentro de todas as coisas voc pode encontrar Buda, Deus. Quarta: quando viu Deus, viu todas as coisas como "nada". Esta a outra possibilidade. Dentro de vida-e-morte no existe Buda nem Deus, mas "nada". Por isso no necessrio se preocupar com vida-e-morte. "A luz que Deus brilha no escuro." H outras passagens de mestre Eckart: "A luz que Deus brilha no escuro. Deus que a verdadeira luz. Para ver isso a pessoa deve estar cega e deve tirar para fora de Deus tudo o que algo. Um mestre diz que aquele que falar de Deus atravs de qualquer semelhana, fala de modo simplrio Dele. Mas falar de Deus atravs do 'nada'; falar Dele corretamente. Quando a alma unificada entra na total auto-abnegao, encontra Deus como um Nada." Aqui se diz "quando se fala de Deus atravs do nada, fala-se Dele corretamente". Uma vez um dos monges, discpulo direto de Buda, cujo nome era Subhuti aquele que no Sutra do Diamante faz as perguntas porque entende sunya, o vazio, profundamente , estava sentado em meditao sobre uma pedra. Profunda concentrao. De repente, sente algo cair sobre si. Eram ptalas de flores. "o que est acontecendo?!" perguntou surpreso, e Deus Brama apareceu, "o que est fazendo a?" Subhuti: "Admirando..." Brama: "Admirando o qu, qual nada, ests falando o vazio." E Subhuti: "No estou falando nada". Ento Brama concluiu, " precisamente isso, ests explicando perfeitamente o vazio", enquanto ptalas caam. A histria aqui mitolgica, pertence mitologia budista. Diz em resumo que quando voc no fala, fala perfeitamente, com o sermo do corpo, das figuras, dos gestos, que mostram o interesse, ateno, cansao, etc. O corpo fala tambm durante a meditao. Estando naquele estado, o vazio fala perfeitamente. A luz de Deus brilha na escurido, Deus a verdadeira luz. Para ver isso deve-se estar cego, e tirar fora de Deus tudo o que algo. Cego como ficou So Paulo durante trs dias. Necessariamente. H outro discpulo de Buda cujo nome Anuruda. Em certa ocasio, durante um sermo de Buda, ele, sem querer, caiu no sono. Buda chamou sua ateno. De to envergonhado, ele tomou a deciso de dali em diante no mais dormir. noite, no mais deitava, meditava sentado dia e noite. Esse treinamento forte o deixou cego. Ele perdeu uma viso, mas diz-se que isso lhe abriu outra. Muita gente diz "abriu o terceiro olho". Os budistas falam no olho do cu. Falam que temos cinco tipos de olho: o olho de carne, ou olho fsico; o olho de sabedoria, que permite ver as coisas invisveis; o olho do cu; o olho de Darma; e, por ltimo, o olho de Buda. Assim, indo alm do olho fsico, voc comea a ver as coisas que anteriormente no via. As pessoas acreditam no que esto vendo, mas ser que voc est vendo as coisas mesmo, ou a projeo de coisas de sua mente consciente e inconsciente? Ri-se de uma historia zen muito engraada. Havia uma padaria em frente a um templo budista. O monge precisou viajar e pediu que o dono da padaria cuidasse do templo, atendesse visitas, etc. Ocorre que chegou um monge viajante aldeia. Antigamente os monges viajavam, numa espcie de treinamento monstico, visitando outros monges, mestres e mosteiros. Desafiavam os mais fortes no Darma, e mantinham-se treinando. O recm-chegado tambm praticava assim. Nessas batalhas do Darma, com perguntas e respostas, quem perdia era obrigado a deixar o templo; quem ganhava podia ficar como responsvel. Uma batalha do Darma era algo muito srio. No era uma batalha de luta, mas de conhecimento, de experincias, de linguagem. O monge visitante estava chegando e o dono da padaria, preocupadssimo, ouvia a sugesto do chefe da aldeia, "Raspe a cabea, coloque o manto e apenas sente-se diante da parede como se estivesse meditando. Faa como se estivesse em treinamento de silncio, nada fale, nem escute e nem responda." O dono da padaria se animou, "Ah, fcil, isso eu posso fazer." Raspou a cabea, colocou o manto e sentou-se voltado para a parede. Nisso chegou o monge visitante e comeou a fazer perguntas sobre o Darma, a doutrina budista. O dono da padaria assumiu um tom grave e fez "Shhh". O monge entendeu, Ah, ele est fazendo muitos dias de treinamento de silncio, mas j que estou aqui depois de to longa caminhada nas montanhas voc vou aproveitar e perguntar com gestos, assim ele tambm pode responder com gestos, sem quebrar seu voto de silncio. "O que voc v depende de seu interesse." Gesticulando, perguntou, Como seu corao, seu esprito? O dono da padaria respondeu com um grande gesto para as dez direes, ou seja, os quatro pontos cardeais, os quatro pontos mdios entre eles, para cima e para baixo, "Meu corao corno o oceano." Veio a segunda pergunta "Como viver este mundo?", e o dono da padaria mostrou os cinco dedos da mo, panca sila, os cinco preceitos: no matar, no roubar, no cometer adultrio, no conduzir os outros a erros, no usar intoxicantes. O monge sentiu-se tocado, "Ah, que bonito!" E mostrou trs dedos da mo, perguntando, "Onde esto as trs jas, o Buda, o Darma, a Sanga?" Ao que o dono da padaria respondeu com o punho, "No procure longe, est aqui muito perto, perto do olho, est aqui." Impressionado, o viajante foi embora. Vendo isso, o chefe da aldeia correu at o padeiro, "O que aconteceu? Ele foi embora muito impressionado, me conta", e o dono da padaria explicou, "Aquele monge muito estpido, primeiro, fez um gesto com as mos, perguntando quanto custava o po, se o po era muito pequeno, e eu abri bem os braos mostrando que meu o po bem grande. Ele perguntou quanto custavam dez pes e eu mostrei-lhe cinco dedos, dizendo cinco moedas, mas ele me mostrou trs dedos, pedindo que vendesse por trs, e eu pensei, que sem-vergonha, e por pouco no lhe acertei um soco no olho!" Esta uma histria muito engraada que mostra cada um vendo o que est pensando em sua prpria mente, interpretando sua maneira. Quando voc fica velho, toda a manh pega o jornal e busca qual pgina? A necrolgica! ... As cruzes com preto e dourado... Ah, morreu com oitenta e cinco anos, coitadinho, eu tenho 77 (risos), mas isto no brincadeira para uma pessoa. Eu, ao abrir o jornal, nem penso na seo necrolgica, nem na policial, mas corro logo os olhos para ver o que passa no cinema... "Karat Kid III, ah, isto interessante!..." O que voc v depende de seu interesse. Aquilo que no lhe interessa, ainda que esteja l, voc no v. Muitas vezes ocorre o oposto, voc v o que no existe, voc cria. Por isso, no confie muito naquilo que esteja vendo. Como podemos ver as coisas verdadeiramente? Como j disse em palestra anterior, aqui h uma mesa, mas mesa o que ? Madeira, rvore, pregos e o que mais? Afinal de contas, nada, vazio. Tudo vazio. Para ver a verdade voc tem que ser cego e tem que abrir a outra viso, o olho de Buda, 0 olho da sabedoria, o olho do Darma, e com isso voc pode comear a ver as coisas invisveis, ver at o que o outro est pensando, ou o que ir acontecer daqui a dez anos. s vezes a gente v e isto realmente acontece, no algo sobrenatural. Meditando, aquela onda de conscincia, a mente fica completamente tranqila, como o lago rodeado de montanhas altas. Quando no h ondas, a gua reflete com perfeio a lua cheia. Zazen isto, sentando, refletindo, vem-se as coisas como elas so. "Desaparecendo o seu corpo, a h unidade." Mestre Eckart: "Apareceu ante um homem como um sonho. Foi um sonho acordado em que ele ficou grvido com 'nada'; como uma mulher com um filho no ventre. E daquele 'nada' um filho nasceu; este era o fruto do nada." Deus nasceu do nada e por isso ele diz: "levantou-se do cho com os olhos abertos vendo nada." O treinamento zen no Japo se d atualmente atravs de duas escolas, a escola Rinzai e a Soto. Eu sou da escola Soto mas fui treinado na Rinzai. Quando voc encontra pela primeira vez seu mestre no mosteiro, geralmente o mestre d um koan, uma pergunta, este o mtodo na escola Rinzai. A primeira categoria de koans chamamos de "hoshin", ou "corpo csmico de Buda". A primeira experincia do zen atravs da meditao onde voc encontra o corpo csmico de Buda. Abandonando o ego, desaparecendo o seu corpo, a h unidade com o universo. Por isso h um koan inicial como o do cachorro, do mestre Joshu, ou o do som de uma s mo. Se batem-se palmas ouvem-se sons, mas quando h s uma mo, qual o som? Ou o koan do carvalho do jardim da frente, ou ainda o do rosto original antes do nascimento, antes do nascimento dos prprios pais. Estas perguntas paradoxais se destinam a tirar todos os condicionantes mentais anteriores, limpar a mente. Hoje a escola Rinzai ainda treina assim, mas as perguntas e respostas originais eram um pouco diferentes. Um monge perguntou ao mestre Joshu, "Cachorro tem natureza de Buda?" e mestre Joshu respondeu, "Mu", uma negao. Mas como Buda havia dito que todos os seres viventes tm a natureza de Buda, "Por que o cachorro no tem?" Ento Joshu respondeu "Por que tem conscincia crmica". A outro monge repetiu a pergunta, "Cachorro tem a natureza de Buda ou no?" Desta vez mestre Joshu respondeu, "Sim", e o monge complementou, "Por que ento entrou Buda neste corpo coberto de plos?" Durante um retiro de meditao intensiva, voc tem que fazer entrevista "dokusan" com o mestre, cinco vezes por dia. Voc pensa, pensa e imagina ter achado uma resposta maravilhosa, "Ah, que bom!", e mostra a resposta ao mestre que responde, "O qu? Nada disso! V embora!" O monge volta a pensar, pensar e pensar. Esfora-se e novamente pensa ter encontrado uma soluo, leva ao mestre e, "No! Voc quer dar sermo para mim? V embora." Desnimo, no era novamente... E assim vai, tentando, tentando... A funo do mestre e dizer "no, no, no...", sempre no! Mais nada deve dizer... O monge fica sem possibilidades. Depois de um ou dois dias elas esto esgotadas. Sem resposta, no pode mais visitar o mestre. Para responder o qu? A, no tendo mais o que pensar, ele senta em zazen, mas os monges veteranos vo busc-lo, "Venha logo, o mestre est esperando para a entrevista", e ele responde, "Eu sei, mas no tenho mais nenhuma resposta". Eles arrastam o monge e o jogam porta do mestre, "Ainda h tempo, vamos logo, o mestre est esperando!" Quando ele entra, e no h outra alternativa seno entrar, o mestre est na posio formal, sentado ereto, e pergunta, "Quem est a? Ah, voc, v embora, v embora." O monge tem que entrar e responder, mas j no consegue nem mesmo entrar! Que sofrimento! Ter que responder onde no mais possvel; sentar, a nica alternativa sentar...! No h resposta possvel! Uma semana com cinco encontros dirios algo muito longo! Mas no ha como evitar, preciso ir e ir novamente, novamente, etc. Cada um, no entanto, tem seus prprios koans, adequados ao seu nvel de compreenso. No meu caso foi o primeiro koan, o "mu" do cachorro, de Joshu. .. Quando se chega ao retiro muitos so os monges novatos e o mestre no se lembra de todos, cada um tem que apresentar o que est fazendo, que tipo de koan est aprendendo. preciso falar em japons o enunciado todo do koan em uma voz empostada, uniforme e sem pontuao, mas enftica, como uma recitao de sutra: "UM MONGE PERGUNTOU A MESTRE JOSSHUUUUuuuu CACHORRO TEM A NATUREZA DE BUDA OU NOOOOoooo E JOSSHU RESPONDEUUUUuuuu MUUUUUUUUUUUUUUUUUUuuuuuuuuuuuuu" E o mestre responde "Humm; ainda muito insuficiente." Quando voc expira, tem que ser como uma cunha que corta um tronco, deve durar dez segundos, quinze segundos, at trinta segundos. Neste momento voc no pensa em nada. E assim segue, "MUUUUUuuuuuu....", dia e noite, como uma bola de ferro fervente, vermelha, queimando todos os pensamentos e idias anteriores. Voc no pode vomit-la, no pude engoli-la e ela est aqui embaixo do umbigo tambm, no ponto de "kikai". E no h resposta; chegando frente do mestre, apresenta este "MU" e quando est muito bem o mestre resmunga "HUum HUum". Que alvio, que bom! O monge est concentrado com todas as foras fsicas do esprito e da vontade. O "mu" vem do topo da cabea extremidade do p. E assim vai indo, vai indo... De repente, fazendo a concentrao de "mu", voc encontra aquela parede, aquele paredo, aquela muralha de ferro. Voc se concentra e no consegue, cai, tenta novamente e cai, e assim vai. Isto mais do que um general enfrentando mil inimigos, pegando aquela espada de trs quilogramas, onde ela passa corta tudo. Assim corta todos seus pensamentos anteriores e vai indo, indo, indo, s vezes uma semana, s vezes sete anos; durante sete anos apenas "muuuu..." tem que ter muita pacincia. Mas de repente essa parede quebra. Isto "kenshu", a primeira experincia zen. No fcil, necessrio ter muita fora de vontade. " preciso ir andando." Voltando ao nosso assunto, cachorro tem natureza de Buda? No, no tem. Por qu? Buda disse, Todos os seres viventes tm natureza de Buda, ento por que o cachorro no teria? Se Buda est falando a verdade, o mestre est mentindo, se o mestre est falando a verdade, ento Buda est mentindo. Isso um dilema. Este o mtodo do zen, o dilema, buscando limpar todos seus esquemas de raciocnio lgico e com isto penetrar dentro do inconsciente. A funo essa. Hoje em dia vejo assim, mas naquela poca no sabia nada disso. Apenas nada havia para ser dito, mas o mestre pegava o monge pelo pescoo e dizia, "Fala, fala, fala!"... Falar o qu? Nada havia para falar! "Fala, fala!" Ufa!! No tenho nada para dizer!... "Fala, fala". E brota o grito "KAAAAAAAAAaaaaaatttzzzz......". O famoso "katz". Parece uma loucura, mas algo muito srio entre os que esto vivendo isso. "Chegou o momento de dokusan, anda." Atravessando o corredor, passo a passo, firme. "Cachorro Buda, mas no preciso dizer." E o fato do monge ter conscincia crmica que o impede de atravessar o muro. Quem tem conscincia crmica no consegue ver alm de seus carmas! Outro monge vem e pergunta ao mestre, Cachorro tem natureza de Buda? Resposta: Tem. Ento por que entrou dentro deste corpo coberto de plos? Ele entrou com um propsito, sabendo que em vez de entrar no paraso entra no estado animal, ou no estado dos demnios famintos, ou at no inferno. Ele est pronto para isso. Hoje pela manh foram citadas estas palavras de So Paulo: "Se for para a glria de Deus, posso ser at mesmo separado de Deus, posso entrar em quaisquer tipo de dificuldades." Esse o verdadeiro esprito de bodisatva. Mas quando voc entra no inferno, a cada passo que dado, este mundo muda e transforma-se no paraso, isso o que acontece. Isso uma coisa milagrosa. Moiss atravessou o Mar Vermelho que se abriu para ele. Milagre! Mas isso acontece. Muitas vezes encontramos uma dificuldade insupervel; como atravess-la se at mesmo a viso no possvel e est tudo nebuloso? possvel ver apenas um passo, dois passos, cinco metros, e s aps andar um longo trecho a viso possvel novamente e o nevoeiro esta superado. E preciso ir andando. As dificuldades chegam de todos os lados volta de voc. Pensando logicamente impossvel chegar at l, mas passo a passo vai-se indo, confiando no caminho de Deus ou de Buda, superando as dificuldades uma a uma e termina-se chegando no outro lado. Sabendo isto, com este propsito, entra-se no estado inferior. E como o exemplo de ontem. A esposa perdeu a vista e o marido perfurou seus prprios lhos para acompanh-la. Deus isso. Deus est l, por que precisaria vir aqui? Ele puro, perfeito, por que escolher este mundo doloroso e chegar at mesmo a viver a crucificao como um criminoso, com suas mos e ps pregados ao lenho? Ele estava l to bem com o Pai. Ele escolheu isto. Escolhendo este mundo inferior, doloroso, sofrido, Deus encarnou, tornou-se homem para ajudar a ns. isso a. Quando cachorro cachorro, Buda, porque dentro de todas as coisas Deus est. Alm disso nada mais h. Dentro de todas as coisas pode-se ver Deus, apenas Deus, ento por que no dentro de um cachorro? Ento cachorro enquanto cachorro Buda. Cachorro Buda, mas no preciso dizer que cachorro Buda. Basta dizer "cachorro". E por isso que se diz que dentro de vida-e-morte no existe Buda. Quando se diz "cachorro Buda", est se comparando, cachorro est sendo colocado como algo absoluto, como Deus, ou como Buda. Quando cachorro realmente cachorro, nem preciso dizer que Deus, basta cham-lo de cachorro, pronto. Ento, nesse momento, Deus desaparece e com isto surge a perfeio, porque todas as coisas esto no seu lugar, no seu estado perfeito, absoluto, cada um de ns tambm. Neste momento voc tem que realizar, no amanh, ou depois de amanh, mas nesta vida. Por isso se diz, aqui e agora voc tem todas as condies. As jias do tesouro j esto dentro de sua casa, apenas necessrio abrir a porta e usar livremente.  INCLUDEPICTURE "http://www.geocities.com/~bodisatva/tokuda3foto.jpg" \* MERGEFORMATINET   RESPOSTAS A AUDINCIA No sei por que no Oriente a cincia no se desenvolveu. Creio que pelo fato de a cincia, de certo modo, ser muito analtica e no Oriente trabalhar-se mais com a intuio. O que me preocupa como mdico de medicina oriental que o pensamento da cincia, buscando encontrar a verdade e isso muito bom , se lana em analisar mais e mais, perdendo a viso global. A medicina oriental j se preocupa com isto, descobrir os meridianos. Dentro das orelhas com a auricultura, encontra-se todas as partes do corpo. Dentro das palmas das mos tambm encontra-se todas as partes do corpo, da mesma forma nas palmas dos ps e no intestino grosso. Dentro dessas pequenas partes, o conhecimento da medicina oriental permite encontrar fgado, estmago, bao, pncreas, etc. No sei como foi isso descoberto. Hoje em dia a medicina tradicional est muito preocupada em analisar e encontrar a verdade "no fundo", e com isso perde a viso global. O que acontece? Cada especialista de fgado, estmago, pulmo, vista, orelha, etc., perdeu a viso global da relao de cada rgo com os demais. No sei como os orientais descobriram isto pela prpria experincia. Hoje em dia a cincia est comeando por baixo, aceita que existam os meridianos, que existam essas teorias e realmente existem e funcionam. Ento estamos vivendo o momento em que a experincia est frente mas carece de explicaes lgicas. O mdico que incorpora prticas orientais milenares no tem explicaes para o que observa e pratica, apenas vem praticar a arte da cura atravs da experincia. Desta forma, neste momento a cincia est comeando a provar o que j se praticava h muito tempo na medicina oriental. De certo modo, podemos dizer que a cincia est atrasada e que agora que comea a incorporar essas experincias. Nos Estados Unidos fizeram uma experincia muito interessante: primeiro uma cmara focava um parque em pleno centro da cidade, Nova Iorque ou Boston. No parque havia um casal de namorados sentados e abraados. A partir desse ponto, a cmara comea a afastar-se cada vez mais, mostrando inicialmente o banco, depois o parque inteiro, a cidade inteira, a regio metropolitana, o estado, o pas inteiro, o continente americano, e afastando-se mais e mais, o globo terrestre e ainda a Terra como uma estrela entre outras. Depois voltando novamente at o parque, com o casal conversando no banco, e continua aproximando mais e mais, a pele, o interior do corpo, o tomo, o eltron, o prton e o que mais. Conseguindo isso, at onde possvel ir? Essa a questo. Primeiro a busca das causas; a questo dos fsicos e da cincia , ao mesmo tempo, uma questo religiosa: "de onde veio a vida?" Os cientistas podem criar uma coisa com alguns materiais. Se no tiverem os materiais como ponto de partida, nada podem fazer e criar. A vem a pergunta "Deus nasceu de nada, como pode acontecer isso?" Ainda no temos resposta para isso, tanto na cincia como na religio. Fazendo como a cmara que se afasta, indo at os confins do universo, ser que o universo tem fim ou no? Todos querem essa resposta mas ela no conhecida, ento como o final do mundo? O universo como um prdio grande? Mas ento, ultrapassando a parede desse prdio, o que h alm? O infinito no pode ser imaginado. E o vazio, o que isso? No entendo. Essa a busca dos cientistas e da mesma forma tambm a busca dos religiosos e dos budistas. Mergulhando-se mais e mais encontra-se o que? Encontra-se aquela experincia direta, o vazio, e vazio tudo. Esse vazio no significa haver ou no-haver, ou o niilismo. Quando h o nada, h o tudo ao mesmo tempo. Encontra-se essa resposta. Aqui no h lgica. Encontra-se o tudo, mas com intuio direta, com experincia prpria que se encontra e com certeza absoluta. Sente-se isso, e isso o encontro com Deus como o "nada". O que Budismo, Quem foi Buda, Conceitos, Essncia, Histria... "O BUDISMO A MAIS PACFICA DAS RELIGIES" "O AMOR E A COMPAIXO SO SUA BASE"  INCLUDEPICTURE "http://www.espiritnet.com.br/budeye.gif" \* MERGEFORMATINET  Os cinco preceitos principais do Budismo: *no causar mal a nenhum ser vivo- no matar *no roubar *no fazer mal uso do corpo *no falar mal de outros ou usar mal a fala *abster-se de substncias que embotam a mente. "O BUDISMO A PRTICA ESPIRITUAL, ADEQUADA AO HOMEM DESTA ERA" "PENETRANDO FUNDO NA ALMA HUMANA,DESVENDA OS SEGREDOS DA VIDA E DA MORTE"  INCLUDEPICTURE "http://www.espiritnet.com.br/asia.gif" \* MERGEFORMATINET  Mapa de onde surgiu o Budismo. No detalhe menor, o local da iluminao de Buda.  INCLUDEPICTURE "http://www.espiritnet.com.br/lama.gif" \* MERGEFORMATINET  O 14 Dalai Lama, Tensin Gyatso, da Escola Gelukpa, mas teve mestres e recebeu ensinamentos de todas as outras tradies budistasNo Budismo h trs aspectos fundamentais conhecidos como as trs jias, por seu valor incomensurvel que formam a essncia da prtica religiosa. A primeira jia Buda. A Segunda jia o Dharma, os ensinamentos e a verdade sobre todas as coisas. A terceira jia Sangha, a comunidade de praticantes sejam monges ou leigos. Quando nos iniciamos no Budismo, repetimos trs vezes: "Tomo refgio no Buda, tomo refgio no Dharma, tomo refgio na Sangha. H dois mil e quinhentos anos, um prncipe indiano chamado Sidharta Gautama, insatisfeito com sua estril vida espiritual, deixou seu palcio, sua esposa e seu filho, partindo em busca da Iluminao. Depois de um perodo de seis anos passados em busca constante, muitos esforos e lutas internas, Gautama encontrou finalmente a Iluminao, enquanto meditava profundamente, exausto, debaixo de uma rvore. A partir de ento, foi conhecido como o Buda o Iluminado, e seus ensinamentos e exemplo de vida se tornaram a base do Budismo. Tomando como ponto de partida a experincia universal da mudana e do sofrimento, Buda ensinou que o sofrimento pode ser vencido. Esse o estado alcanado pelos seres iluminados, e se constitui na verdadeira essncia da realidade. Um estado puro de Ser.Depois da morte de Buda, seus seguidores levaram seus ensinamentos a outras partes da ndia, adaptando-os s culturas locais. O Budismo se estendeu ao Sul e ao Este, onde agora o Sri Lanka, Birmnia, Tailndia, e ao norte atravs dos Himalaias do Nepal, Buto, Sikkim. Dali tomou a rota da seda para a China, Monglia, Coria e Japo. O Budismo chegou tambm ao Vietnam, Laos, Camboja, e Indonsia Durante um certo tempo, o Budismo foi se dividindo em diferentes escolas, que foram desenvolvendo suas prprias tradies. Na Tailndia e no Sri Lanka, a principal tradio se chama Theravada, o "caminho dos theras", tradicional no seu modelo para a busca humana. Um outro ramo se chama Mahayana, o "grande veculo", o "grande caminho". A tradio Mahayana inclui o Budismo Tibetano, cujo lder espiritual o Dalai Lama. Inclui tambm o Chan (Budismo Japons, Zen ) e aTerra Pura, que comeou na China e se desenvolveu no Japo. A tradio Vajrayana tntrica e especfica do Tibet. O Vajrayana se baseia em ensinamentos poderosos conhecidos como tntras, trabalhando vrios tipos diferentes de yoga, usando mudras ( gestos sagrados das mos), mantras (sons sagrados) e mandalas (diagramas csmicos). Esteve presente em todo o Himalaya, mas se concentrou no Tibete a partir do sculo oitavo. A histria do Budismo no Tibet comea com o rei Sangtsen Gampo, que foi persuadido pelas suas duas esposas, uma nepalesa e outra chinesa, a convidar mestres budistas ao Tibet. O rei mandou tambm tibetanos ndia para estudar as tradies budistas e para trazer escrituras para traduzir. Depois surgiu Padmasambhava (no nascido de me humana, mas manifestado numa flor de ltus), considerado o segundo Buda, que viajou por todo o Tibet estabelecendo o Budismo por toda a parte. Foi fundador da mais antiga Escola, a Nyingmapa (Chapus Vermelhos), que permite aos monges casar-se e mantm-se prxima da vida cotidiana das pessoas. Depois vieram as Escolas Kargyupa, iniciada por Marpa e seu discpulo, o poeta Milarepa. Os Sakyapas foram fundados em 1073 e os Gelukpas surgiram muito depois, convertendo-se na Escola principal. Tambm conhecidos como Chapus Amarelos, foram fundados por Tsongg Khapa (1367-1419). Ao contrrio das outras escolas, a Gelukpa preconiza a disciplina monstica e o celibato. Smbolos Budistas, Prtica Budista, Mantra  INCLUDEPICTURE "http://www.espiritnet.com.br/sino.gif" \* MERGEFORMATINET SMBOLOS BUDISTAS O vajra, usado na mo direita, representa a masculinidade, meios hbeis da compaixo. O sino na mo esquerda representa feminilidade, a sabedoria, a vacuidade. Os cinco Budas principais do Budismo tibetano so Akshobya, Amithaba, Amoghasiddhi, Ratnasambhava e Vairocana.COMO SE FAZ UMA PRTICA BUDISTA  INCLUDEPICTURE "http://www.espiritnet.com.br/iconbud.gif" \* MERGEFORMATINET Para trazer o estado de acordado a seus discpulos de diferentes culturas e temperamentos, Buda ensinou uma variedade imensa de prticas espirituais: 8400. As prticas fundamentais budistas esto no desenvolvimento do amor e da bondade, da compaixo, da generosidade, da integridade moral, que so a fundao da vida espiritual. Existem meditaes para treinar a mente e abrir o corao. Essas prticas incluem a ateno sobre o corpo e a respirao, ateno plena da mente sobre os sentimentos e pensamentos, prticas de mantra e devoo, visualizao e reflexo contemplativa, e prticas que levam a um puro e profundo estado de conscincia. Numa sesso formal de prtica budista, primeiramente estabelece-se a motivao, que sempre baseada na compaixo e na possibilidade de ajudar os outros. O Budismo Mahayana preconiza que ao atingir a eliminao, a pessoa no deve guard-la para si, mas partilh-la com os que sofrem e lutam, tornando-se um Bodhisattva, um ser que ajuda os outros. Depois, entra-se em contato com os Budas, alcana-se uma unio de corao e mente com eles atravs do uso do corpo( mudras), da fala (mantras) e da mente (visualizaes). Alcana seu estado de meditao, trabalhando-se tambm a concentrao. Depois, dissolve-se esse encontro e se faz a dedicao. Budismo - Viso Filosfica e Psicolgica: O Budismo em sua forma original, acima de tudo, uma filosofia de vida. Muito antes de religio, seus ensinamentos so uma profunda reflexo sobre a nossa existncia. Grandes lderes religiosos como Jesus, Krishna, Buda, e outros, foram principalmente, grandes filsofos e pensadores. O termo "Budismo" refere-se a um conjunto de doutrinas e mtodos de desenvolvimento espiritual da escola criada por Sidarta Gautama, prncipe hindu que ficou conhecido pelo nome de "Buda", palavra que significa "iluminado" ou "aquele que est desperto". As razes desta escola de pensamento divergem do hinduismo tradicional, pode-se crer que sua origem remonta escola de pensamento criada por antigos iluminados, muito anterior ao hinduismo. Impressionante semelhana foi constatada entre a doutrina de Buda e o antigo Lamaismo tibetano por parte dos prprios lamas do Tibete, que acolheram o budismo e o fundiram sua ancestral religio como se fosse um filho que retorna ao lar. notvel ainda a semelhana entre os ensinamentos prticos de Buda e do nosso muito conhecido Jesus Cristo, vide o trabalho comparativo de Carlos A. F. Guimares -  HYPERLINK "http://www.geocities.com/Vienna/2809/buda.html" Buda e sua obra As bases do pensamento budista se assentam em muitas constataes como de que o ser humano cria seu prprio destino pelas suas aes e pensamentos. Tudo mutvel neste universo, a nica constante a prpria mudana. O ser humano comum vive em um estado de iluso por acreditar que pode possuir e criar coisas de existncia duradoura. Todos possuem porm, em si mesmos a potencialidade para despertar de seus mundos de iluso. E esta potencialidade a nica coisa em ns que no foi criada ou condicionada. O mais importante para ns atermo-nos ao momento presente e realidade de nossa existncia, o "aqui e agora". Budismo possui uma conotao bastante psicolgica, no se importando muito com o sobrenatural , ou com deuses que esto alm de nossa percepo, mas com aquilo que somos e o que ns produzimos. Se devemos cultivar bondade e outros tantos valores, no por que algum mandamento nos obriga ou pela esperana em algum cu futuro, mas porque seremos os beneficiados diretos desta conduta no momento presente. No pensamento original de Gautama Buda, devemos manter nossa mente livre de condicionamentos e recusar toda e qualquer verdade que no possa ser comprovada por nosso pensamento lgico, evitando qualquer dogmatismo. necessrio, comprovar a veracidade dos ensinamentos que nos so passados, por meio de sua comprovao na prtica. Devemos evitar o simples acumulo de doutrinas e teorias que no possuam aplicao efetiva na nossa vida. Conhecimento sem uso intil. Nossos valores devem ser vividos e no apenas acumulados na forma de erudio estpida. Devemos ainda, corrigir e aperfeioar a ns mesmos, antes de querer reformar o modo de ser dos outros. Finalmente, buscar nosso caminho pelos prprios meios, e no cair sobre a influncia do charlatanismo de certos "lideres" religiosos. AS QUATRO NOBRES VERDADES 1 - A verdade do sofrimento: O sofrimento inevitvel para todos os seres. 2 - A verdade da causa do sofrimento: Criamos nossa insatisfao pelo nosso apego e pela nossa iluso (ignorncia). 3 - A verdade da cessao do sofrimento: Todo sofrimento pode (e deve) cessar. 4 - A verdade do caminho para o despertar: Livrar-se da iluso, do sofrimento e atingir um grau de conscincia maior, possvel, atravs de um correto modo de agir e conscientizar-se. A SENDA CTUPLA O caminho para a libertao de nossa insatisfao passa, no pela satisfao de todos os nossos desejos (o que criaria maior dor e insatisfao), mas pela conscientizao de que precisamos buscar a felicidade em ns mesmos, antes de nos mover-mos em direo ao que est fora ou alm de ns. Antes de satisfazer todos os nossos desejos podemos compreender a ns mesmos e livrarmo-nos de nossas iluses. O caminho ou senda para a liberdade possui oito aspectos a serem aplicados a nossa vida: 1 - Cultivar pensamentos corretos: "Manter pensamentos equilibrados e positivos. Nossos pensamentos criam nossa vida. O pensar correto transforma-se em viver correto." 2 - Acalentar aspiraes corretas: "Desejar o bem a todos, lutar por igualdade e justia social" 3 - Expressar linguagem correta: "Evitar as palavras vs, egosticas ou caluniosas". 4 - Manifestar conduta correta: "No agredir outros seres vivos. No se entregar aos prazeres nem mortificao, buscar o meio-termo". 5 - Buscar o modo de vida correto: "No ganhar a vida de modo indigno ou prejudicial a outros seres". 6 - Realizar o esforo correto: "Esforar-se por eliminar pensamentos e conduta negativos. Esforar-se por evitar a criao de novos pensamentos e conduta negativos. Esforar-se por criar e manter pensamentos e conduta positivos.". 7 - Manter a ateno correta: "Estar alerta, observar e compreender a si mesmo, manter a mente aberta". 8 - Praticar a conscientizao (meditao) correta: "Eliminar a auto-iluso. Ponderar sobre a validade dos mtodos que utilizamos para alcanar nossos objetivos.". Atravs de tudo o que pensamos e fazemos, construmos nossa vida. A compreenso da natureza real do universo como algo mutvel, nos serve de exemplo para limpar nossa mente e nos dar uma existncia consciente e tranqila. Vendo tanto nossos problemas como nossas conquistas como nuvens que se vo, passamos a dar maior importncia ao que possumos de forma mais duradoura que nossa conscincia e nossos valores. Devemos buscar nossa fora interior, que a nica coisa com a qual podemos realmente contar. Em minha opinio pessoal, essa fora a expresso de uma realidade maior, que permeia todo o universo. Uma vez conscientes dessa fora, compreenderemos inclusive um conceito mais universal da idia de Deus; e estaremos no caminho para verdadeira paz. Iluminao o estado onde preenchemos nossa vida com o simples fato de existirmos. Viso pessoal sobre religio: Na minha humilde opinio, religio um conceito universal. Sendo catlico, tenho vivido ligado s tradies e a forma da minha f. Porm ao ler e estudar sobre outros povos e culturas, tenho criado uma empatia por outras formas de f, e rejeio pela religio quando ela se torna apenas uma instituio ou entidade jurdica. Hoje vejo que a maioria das pessoas est ligada ao nome e forma, mas permanece distante da realidade. Penso que pouca diferena faz contemplar um santo catlico ou um ttem de alguma tribo amaznica, ou acalentar uma idia qualquer que nos aproxime do divino. Tup, Cristo, Jeov, Al, so nomes. Cristianismo, Budismo, Islamismo, me parecem apenas instituies humanas. A realidade porm, est um pouco adiante de nomes e formas... "...A pessoa verdadeiramente religiosa, no aquela coberta por uma crosta de crenas, dogmas, rituais. A pessoa religiosa no tem crenas; vive de momento a momento, descobrindo o novo... ...Falar de Deus sem ter uma mente de todo livre, o mesmo que pessoas adultas se entreterem com brinquedos; e quando nos entretemos com brinquedos e chamamos a isso de religio, estamos criando mais confuso, causando mais sofrimento... ...Vivemos dentro dessa esfera, daquilo que "conhecido". A esfera do prazer e dor. E com essa mente procuramos convencer a ns mesmos de que no h morte, inventando teorias, a crena na reencarnao, ressureio e outras inumerveis idias criadas pela mente para fugir de si prpria.... ...Tendes lido a respeito de todas essas coisas, ou tendes ouvido freqentemente; e, entretanto, a mente continua sempre a buscar uma resposta, a perguntar o que existe alm da morte. Todas as sociedades e seitas estpidas prosperam custa do vosso apetite de saber o que existe alm; e quando vo-lo dizem, sentis-vos satisfeito, pelo menos temporariamente. ...Mas quando reconhecemos as limitaes da mente, do conhecido; quando percebemos que somos limitados, e ficamos totalmente cnscios disso, isto , tanto conscientemente como nas camadas mais profundas de nosso ser, - h uma completa cessao da atividade condicionada da mente; a mente deixa de existir na forma de: "eu sou, eu sei". H ento a possibilidade de manifestar-se o desconhecido, a realidade." - J. Krishnamurti "As pessoas no existem em funo da religio. a religio que existe em funo das pessoas. Mesmo na poltica no o povo que existe em funo dos polticos. So os polticos que existem em funo do povo. No ensino, os professores existem em funo dos alunos. Os mdicos existem, em funo dos pacientes. Tambm a existncia dos advogados, cientistas, jornalistas, tudo se resume em funo do povo. Entretanto, na maioria das vezes, essa posio est invertida. Utilizam-se do povo para os seus prprios interesses e satisfaes. Aqueles que exploram a religio para seus prprios fins egostas oprimem e denigrem as pessoas. Eles tiram impiedosamente vantagens dos outros, apossando-se do que podem e ento, cruelmente, deixam as pessoas de lado quando no tem mais nada a oferecer. Da mesma forma, aqueles que exploram o mundo da poltica para o seu prprio fim compartilham do mesmo desprezo pelas pessoas. As pessoas no existem para beneficiarem os lderes. O que deve ocorrer justamente o oposto. Os lderes, inclusive polticos e religiosos existem para beneficiar as pessoas. Os professores por sua vez, existem para o bem dos estudantes. Entretanto, muitos dos que se encontram em posies de liderana comportam-se arrogantemente, denigrem os humildes. Vocs que me ouvem, no se deixem enganar por esse tipo de pessoa ! Jamais permitam que os impasses da vida pertubem vocs. Afinal, ningum pode escapar dos problemas, nem mesmo santos ou sbios. Sofra o que tiver que sofrer. Desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o sofrimento como a alegria como fatos da vida. - Daisaku Ikeda  INCLUDEPICTURE "http://orbita.starmedia.com/~hyeros/image1LK.gif" \* MERGEFORMATINET  Fundado na ndia por volta do sculo VI a.C., e inspirado nos ensinamentos de Siddharta Gautama, cognominado o Buda, o budismo a denominao dada pelos ocidentais ao sistema religioso que visa realizao plena da natureza humana e criao de uma sociedade perfeita e pacfica. Aberto a todos os grupos sociais, etnias, culturas e nacionalidades, desenvolveu-se por todo o Extremo Oriente. Desde sua origem, o budismo imbuiu-se de elementos ticos, filosficos e religiosos. Para se compreender a extenso desse sistema, necessrio que se conhea a literatura cannica do budismo, que se divide em trs colees: o cnon pli, conservado pelos budistas do sudeste asitico, o cnon sino-japons e o tibetano. Uma viso mais completa exige a leitura de outros textos em snscrito, manchu, mongol e em vrios dialetos da sia central, como o tangut. Muitos estudiosos ocidentais consideram o cnon pli como repositrio dos mais antigos textos do budismo, mas isso foi contestado por Jean Prziyluski e por orientalistas japoneses, liderados por Shoko Watanabe. A composio do cnon pli, de acordo com a tradio, comeou logo depois da morte de Siddharta Gautama, tendo chegado ilha de Ceilo (atual Sri Lanka) no sculo III a.C. Na verdade, entram nesse cnon textos compostos em diversas pocas, sendo os mais recentes escritos no sculo V da era crist. Do Ceilo foi levado para a Birmnia (atual Myanmar), a Tailndia e o Camboja. Compreende trs partes: uma coleo de regras monsticas, uma outra de sutras ou sermes atribudos a Buda e a coleo de comentrios filosficos. O cnon sino-japons muito mais extenso, pois encerra, alm dos textos correspondentes ao pli, uma srie de outras obras. Tambm divide-se em trs colees e sua elaborao teve incio no sculo I da era crist, com a traduo para o chins dos primeiros textos snscritos. O cnon tibetano teve sua formao no sculo VII e foi concludo no sculo XIII. Compreende duas partes. A primeira contm os sermes de Buda e as regras monsticas; a segunda inclui os tratados filosficos e uma srie de comentrios, poemas, crnicas e textos de medicina e astrologia. Evoluo histrica Siddharta Gautama, convencido de que a vida cheia de sofrimentos e sacrifcios, resolveu buscar a iluminao religiosa. Chamado de Buda, que significa "o iluminado", percorreu o nordeste da ndia durante seis anos. Sua pregao se baseava na crena de que a existncia um ciclo contnuo de morte e renascimento. Assim, a posio e o bem-estar na vida decorrem da conduta nas vidas anteriores. Um elo liga a vida presente passada. O desligamento dos bens materiais, a paz e a plenitude levam a um estado de ausncia total de sofrimento a que Buda denominou nirvana. Para atingi-lo, preciso seguir a doutrina das Quatro Nobres Verdades e da Senda ctupla. As Quatro Nobres Verdades so: a constatao de que o sofrimento fator inerente a toda forma de existncia; de que a origem do sofrimento a ignorncia; de que se pode dominar o sofrimento por meio da extino da ignorncia; de que o caminho que leva ao domnio do sofrimento, caminho mdio entre a automortificao e o abandono dos prazeres, consiste na Senda ctupla. Esta abrange compreenso correta, pensamento correto, palavra correta, ao correta, modo de vida correto, esforo correto, ateno correta e concentrao correta. Aps a morte de Buda, seus ensinamentos foram codificados pelos discpulos que os conservaram, a princpio por tradio oral e mais tarde por escrito. Em seus 2.500 anos de histria, o budismo deu origem a muitas escolas e correntes, com muitas variaes doutrinrias, mas todas baseadas em elementos pan-indianos. Para os budistas, o universo formado por infinitos sistemas, cada um tendo como centro uma enorme montanha de nome Sumeru, em torno dela giram o Sol e a Lua. Os budistas acreditam que acima do mundo material, por eles desprezado, existem planos imponderveis, habitados por seres divinos e felizes. Os sistemas de nmero infinito esto sujeitos a destruies e recriaes peridicas, o que leva a uma concepo cclica do tempo. Ao contrrio dos sistemas bramnico-hindustas, o budismo no admite a existncia de um Ishvara, "Deus Criador". As criaes e destruies so estabelecidas por uma lei eterna e o processo no tem nem fim nem comeo. Escolas budistas Vrias escolas budistas desenvolveram-se na ndia e em outros pases asiticos. As mais influentes foram, no entanto, a Theravada, a Mahaiana, a Mantraiana e a Zen. Embora tenham muito em comum, apresentam singularidades. A escola theravada, entre as antigas, foi a nica que subsistiu. A palavra theravada significa "caminho dos mais velhos", e atualmente predomina em Myanmar, Camboja, Laos, Sri Lanka e Tailndia. Para seus seguidores, Buda a figura histrica mais importante, como tambm o so as virtudes da vida monstica e a autoridade do Tripitaka (trplice cesto), o cnon pli. Mahaiana significa "grande veculo". A maior parte dos seguidores dessa escola vive no Japo e em outros pases da sia ocidental. Os budistas mahaianas acreditam na existncia de vrios budas, divididos em "budas do cu" e homens que se transformaro em budas no futuro, capazes de salvar os homens atravs da graa e da compaixo. A escola mahaianista, em geral, aceita o Tripitaka, mas tambm reivindica para suas escrituras um nvel superior de verdade. Seus adeptos normalmente ensinam como leigos e monges podem atingir o nirvana. Mantraiana quer dizer "veculo sagrado de recitao". Os Himalaias, a Monglia e o Japo constituem os centros mais importantes de atuao dessa escola budista. Em geral, o budismo mantraiana aceita a maioria das doutrinas da escola mahaianista. No entanto, assinala a estreita ligao entre o guru, chefe espiritual, e um pequeno grupo de discpulos, que passam grande parte de seu tempo recitando versos chamados mantras, danando e meditando. Na escola mantraiana, o sexo s deve existir com finalidades sagradas. Acreditam esses budistas em muitos demnios, duendes e outras entidades. Os seguidores da escola Zen esto principalmente no Japo, embora o movimento tenha nascido na China. O Zen busca a forte ligao entre o chefe e seus discpulos e estes, quando evoludos, podem atingir o satori (a iluminao, o despertar), alcanado gradativamente, mediante longo processo de disciplina e autoconhecimento. Mundo budista As trs grandes reas onde o budismo mais fortemente se disseminou abarcam: o Sudeste Asitico, a sia central e o Extremo Oriente. Na segunda metade do sculo XX, o budismo entrou em decadncia na China e no Tibet por motivos polticos. Em outros pases asiticos, porm, ele passou por uma fase de renovao, associando-se muitas vezes a movimentos nacionalistas. O reavivamento do budismo na ndia teve incio em fins do sculo XIX, com a fundao da Sociedade Mahabodhi pelo missionrio cingals Anagarika Dharmapala. Mais tarde, Ambedkar associou o budismo ao movimento contra as castas, apelando para que os prias ou intocveis se convertessem ao budismo. Gandhi, Tagore, Nehru e outros lderes demonstraram grande simpatia pela doutrina budista. No Ocidente, onde seu estudo sistemtico ocorreu a partir do sculo XIX, o budismo teve boa acolhida, chegando mesmo a se formarem pequenas comunidades. Budismo no Japo. O movimento budista adquiriu no Japo caractersticas de uma verdadeira religio oficial. Os primeiros templos foram construdos pela corte imperial ou pela nobreza e os monges eram a princpio considerados funcionrios estatais. Graas a sua associao com o poder, o budismo era procurado no por sua doutrina, mas pelos rituais mgicos dispensadores de prosperidade e sade. Fundindo-se com elementos da religio nativa, o budismo deu origem a um sincretismo bdico-xintosta que subsiste na poca moderna. Budismo no Sudeste Asitico. No sculo III a.C., o budismo foi introduzido no Sudeste Asitico pelo filho do imperador indiano Aoka, prncipe Mahinda, que o difundiu na ilha de Ceilo, onde a doutrina logo obteve grande aceitao. Posteriormente, dividiu-se em trs escolas. Por iniciativa dos reis budistas da ilha foi feita uma compilao das escrituras em lnguas pli. No sculo V, os letrados Budaghosa e Dhammapala escreveram grande nmero de comentrios e textos filosficos, disseminando ainda mais o budismo. No sculo XI, os cholas da ndia meridional invadiram o Ceilo e eliminaram o budismo, que foi depois reintroduzido a partir da Birmnia. A forte colonizao portuguesa, holandesa e inglesa no conseguiu eliminar o budismo na regio. Ao contrrio, a partir de 1756, com a chegada de dez lderes monsticos tailandeses, o movimento chegou a ter um reflorescimento no Sudeste Asitico, tornando-se a mais importante religio do Ceilo. Na Birmnia ele penetrou por volta do sculo V, inspirando a construo de inmeros templos. Quando os mongis invadiram o pas no sculo XIII, o budismo sofreu um revs, mas conseguiu sobreviver em algumas regies, e hoje bastante difundido no pas. Budismo no Tibet e na Monglia. As tribos tibetanas tinham, no incio, um culto primitivo como religio, o Bon-po. O budismo s chegou regio a partir da ndia e do Nepal no sculo IV da era crist. Mas seu reconhecimento oficial s ocorreu no sculo VII, quando os textos budistas foram traduzidos atravs de um alfabeto tibetano, composto especificamente para isto. No sculo XV, o monge Tsong-Kha-Pa introduziu reformas: criou uma comunidade que usava gorros amarelos, em oposio aos conservadores, que usavam gorros vermelhos. Os dalai-lamas, os dirigentes mximos dos gorros amarelos, comearam, ento, a exercer o poder temporal. No sculo XVII, teve incio o movimento missionrio na Monglia, na Manchria e no norte da China, estendendo-se, no sculo seguinte, aos confins da Sibria oriental. Budismo na China. Embora criticado pelas escolas de pensamento chinesas, o budismo, desde a sua introduo na China, logo se adaptou ndole e cultura do pas, sem perder suas caractersticas fundamentais. Enorme foi sua influncia sobre os usos, os costumes e at mesmo sobre as prprias escolas filosficas chinesas. Muitas doutrinas apenas esboadas no budismo indiano foram desenvolvidas e aprofundadas na China. Apesar dessa ntida influncia, existe uma controvrsia sobre a poca da introduo do budismo nesse pas. Apontam-se os anos 2 e 65 da nossa era, como as datas mais provveis. Na segunda metade do sculo I, monges budistas chegados da sia central pregavam o Dharma na capital e nas provncias, sob proteo do imperador. A absoro do budismo pelos chineses foi facilitada pela semelhana de alguns de seus conceitos com as idias do taosmo. Contudo, o celibato dos monges e seu afastamento das atividades produtivas chocavam-se com os princpios bsicos da tica familiar e do pensamento social e poltico da China, o que provocou numerosas crticas, longas polmicas e mesmo perseguies. Budismo no Ocidente e no Brasil. Datam do perodo helenstico as primeiras aproximaes do budismo com o mundo ocidental. Mercadores indianos que viviam em Alexandria propagaram sua f budista pela regio. Clemente de Alexandria foi o primeiro autor ocidental a citar em suas obras o nome de Buda. Marco Polo, em seu livro de viagens, apresenta um resumo da vida de akyamuni (outro nome de Buda) em sua descrio da ilha de Ceilo. Na Frana, no sculo XIX, comeou o estudo filosfico do budismo. Na Inglaterra e na Alemanha tambm houve uma concentrao de estudos sobre o budismo cientfico. Em 1845, Jean-Louis Burnouf publicou sua importante Introduction l'histoire du bouddhisme indien (Introduo histria do budismo indiano), livro que teve grande repercusso. Max Mller, na Inglaterra, publicou, pela Universidade de Oxford, sua coleo de livros sagrados do Oriente. Teve muita importncia tambm para a divulgao do budismo o poema "The Light of Asia" ("A luz da sia"), de Edwin Arnold, publicado em 1879. Nos Estados Unidos, o coronel H. S. Olcott, defensor de um sincretismo entre as principais tradies religiosas ocidentais e orientais, estudou o budismo e o difundiu entre os americanos. Em 1906 fundou-se a Sociedade Budista da Inglaterra; em 1929, por iniciativa de uma budista americana, Constance Lounsbery, foi criada uma instituio semelhante na Frana. No Brasil, na dcada de 1920, formou-se um primeiro grupo de budistas, radicado no Rio de Janeiro, liderados por Loureno Borges. Murilo Nunes de Azevedo, em 1955, reavivou-o, juntamente com o escritor Nelson Coelho, mais ligado ao budismo Zen. Aps a segunda guerra mundial os budistas imigrantes se organizaram no Brasil, com centros de atuao em So Paulo e Rio de Janeiro. Buda O substantivo "buda" (em snscrito, buddah) significa "iluminado", e assim se fala de "o buda" ou de "um buda". Contudo, empregado como nome prprio, refere-se ao prncipe Siddharta Gautama, fundador de uma das grandes religies do mundo e para os budistas modelo de perfeita virtude. Siddharta Gautama nasceu por volta do ano 563 a.C., em Kapilavastu, capital do reino de akya, na futura fronteira da ndia com o Nepal. O nome akyamuni, pelo qual Buda freqentemente designado, significa "o santo dos akya". Seu pai era o rei do pas e assim sua famlia pertencia casta nobre dos chtrias. Diz a tradio que, uma noite antes do parto, sua me sonhou que um elefante branco lhe penetrava o ventre. Os brmanes interpretaram que a criana se tornaria um monarca universal ou um mstico de altssima hierarquia, um buda (o termo j existia). Mahamaya, a rainha, teve o filho ao ar livre, durante uma visita a seus pais, nas pradarias de Lumbini, depois Rummindei, no Nepal, onde at hoje se ergue um monumento comemorativo. Os brmanes reunidos durante o batismo de Siddharta confirmaram a primeira profecia sobre o menino, acrescentando que, se permanecesse no palcio paterno, reinaria sobre o mundo e, se o deixasse, seguiria o caminho espiritual. Todavia, Kondanna, um dos brmanes, deu como certa a segunda possibilidade. Mais tarde, o prprio Siddharta contou num de seus sermes que j na infncia encontrara um modo de entrar em transe. Mesmo assim, o pai o educou na abundncia e no luxo, encorajando-o a tornar-se seu sucessor. Aos 16 anos, Buda casou-se com sua prima Yaodhara. Segundo os textos sagrados, Siddharta contava 29 anos quando saiu do palcio em sua carruagem, com o cocheiro Channa. Pela primeira vez na vida, encontrou um ancio. Consultou Channa e este lhe respondeu que a velhice era o destino de todo homem. Em outro dia Gautama viu um enfermo e ficou sabendo que o homem est sujeito a doenas e padecimentos. Em outra ocasio, passou por um cadver e descobriu a morte. E ainda outra vez pde contemplar um asceta com seu rosto sereno. A interpretao simblica desses "quatro sinais" -- a velhice, a dor, a morte e a superao de tudo isso mediante a contemplao -- a base do budismo. No mesmo dia em que viu o asceta, o prncipe recebeu a notcia de que se tornara pai. Esse fato, porm, no o impediu de abandonar sua posio para dedicar-se busca da verdade. Siddharta rumou para o sul. Seu primeiro mestre foi Alara Kalama, sob cuja direo conseguiu abolir a personalidade e o "eu". Com o segundo, Uddaka Ramaputta, superou a esfera do perceptvel, alcanando um estado espiritual superior. Ainda no satisfeito, seguiu seu caminho at chegar a uma aldeia chamada Senanigama, onde, conforme as prticas dos brmanes, sujeitou-se durante seis anos s mais severas privaes e mortificaes, junto com cinco discpulos. Vendo, porm, que o ascetismo no conduzia ao conhecimento supremo, abandonou-o. Foi no noroeste da ndia, em Gaya -- mais tarde Buddh Gaya --, que, sentado embaixo de uma rvore, alcanou finalmente o nirvana, isto , o estado que permite contemplar o ciclo da reencarnao universal, conscientizar-se das prprias encarnaes passadas e encontrar o meio de superar a dor. Aos 35 anos, j convertido num buda, soube que tudo relativo, que nada permanece, e que possvel escapar aparncia. Em Buddh Gaya at hoje se venera uma rvore descendente daquela em que Buda descansou. Quando decidiu abandonar o ascetismo extremo, seus discpulos se afastaram, mas procurados por Buda, voltaram para seu lado depois de algumas hesitaes. Buda pronunciou em snscrito seu primeiro sermo, o sutra das quatro nobres verdades, que constituem o dharma, a verdade, em que caracterizou a condio humana e mostrou o caminho para libertar-se dela. Em pouco tempo, os seguidores aumentaram para sessenta e, depois de preparados, foram enviados para pregar a nova mensagem humanidade. Buda, por sua vez, dirigiu-se para Uruvela, onde fez o clebre "sermo de fogo", e mais tarde para o reino de Magadha. Ali conquistou novos discpulos e logo visitou sua famlia, convertendo ao novo credo os pais, a mulher, o filho Rahula e o primo Ananda, que se tornou seu principal apoio. Convidado para o reino de Kossala, fundou em Rajagaha, sua capital, na regio de Bihar, o famoso mosteiro de Jetavana, o primeiro centro de irradiao do budismo para o resto da ndia e para os pases prximos. Tambm ali Buda decidiu que as mulheres podiam entrar para a ordem como monjas. Nos anos seguintes, teve de enfrentar no s a hostilidade de outras religies mais antigas como tambm vrias tentativas de assassinato por parte de seu primo Devadatta, que almejava seu lugar. Nada disso, porm, prejudicou o rpido crescimento da nova religio. Aos oitenta anos, Buda realizou nova peregrinao pelo norte da ndia, em que foi acolhido com venerao por povos e cidades. Pregando para multides, fez numerosas converses. Foi durante essa ltima viagem que Buda morreu serenamente, num entardecer em Kusinagara, mais tarde Kasia, por volta de 483 a.C., repetindo seu evangelho de mansido, esquecimento de si mesmo e superao do mundo das aparncias. I - O budismo O budismo uma das maiores religies mundiais, contando, hoje, com aproximadamente 500 milhes de adeptos. Foi fundado na ndia, por Siddharatha Gautama (480-400 aC), que foi iluminado aos 35 anos e desde ento passou a ser conhecido com o ttulo honorfico de Budda, que significa o iluminado. Buda mais que um personagem histrico a ser reverenciado. Lembremos que a palavra Buddha vem da raiz Buddh, que significa despertar, conhecer, ir s profundezas. Buda o desperto, estado que todos devemos aspirar e realizar. Buda no deixou sucessores e no existe uma autoridade central em questes de doutrina e tica, embora a ordem dos monges (sangha) por ele instituda reconhecida por muitos budistas como a instncia autoritativa e intrprete dos seus ensinamentos. O objetivo de todos os budistas a iluminao (nirvana), um estado de esprito e perfeio moral que pode ser conseguido por qualquer ser humano que viva de acordo com os ensinamentos de Buda. O budismo no acredita num ser superior ou num deus criador (uma religio sem Deus?). Buda no foi Deus ou um deus. Ele foi um ser humano que obteve iluminao completa por meio da meditao e mostrou o caminho do despertar espiritual e da liberdade. Portanto, o budismo no uma religio de Deus, mas uma via no-testa, o que no quer dizer o mesmo que atesta. O budismo simplesmente no entra na questo da existncia ou no de Deus, de um criador e sua natureza. Da que muitos estudiosos ocidentais o encaram mais como uma "filosofia de vida", caminho de sabedoria, iluminao e compaixo. Como os adoradores de Deus que acreditam que a salvao pode ser obtida para todos atravs da confisso dos pecados e uma vida de orao, os budistas acreditam que a salvao e a iluminao so conquistadas pela remoo das impurezas e iluses por meio de uma vida de meditao. Os preceitos e ensinamentos ticos budistas, conseqentemente, so vistos no como mandamentos divinos, mas como princpios racionais que, se seguidos, promovero o florescimento e o bem-estar de si prprio e dos outros. Freqentemente, os documentos budistas se referem a Buda como sendo o "grande mdico". Assim como o mdico cuida das doenas do corpo, Buda cuida das doenas do esprito (5,6,7). Conceito de morte e transplantes no budismo A questo da morte enceflica e a convenincia de transplantes de rgos criaram grande preocupao. A controvrsia est ligada ao sentido da vida e da morte. Recentemente (12.1.98) o Comit de Biotica da Associao Mdica Japonesa (instncia consultiva) emitiu um parecer a respeito da morte enceflica e transplantes de rgos. significativo que estas recomendaes exigem o consentimento informado. O paciente ou a famlia podem recusar o uso do critrio do encfalo na determinao da morte. Segundo Rihito Kimura, um expoente da biotica no Japo, o pblico japons gradualmente aceitar o uso do critrio do crebro para determinar a morte e transplantes de rgos, embora com srias restries. A histria mostra que a mudana de atitudes pblicas no Japo possvel. H muito tempo atrs, os japoneses tinham forte objeo em relao doao de sangue. Isso foi superado e eles hoje apresentam um dos mais altos ndices de doao de sangue do mundo (8,9). Os budistas, tradicionalmente, associaram a vida com a sensibilidade e, num sentido amplo, esta concepo engloba tambm os animais e plantas. A sensibilidade inclui conscincia e sentimento. Uma vez que o sentimento parte da sensibilidade, muitos budistas no apiam transplantes de rgos, especialmente os transplantes de corao. A morte da mente no a morte da pessoa. Baseado na doutrina da interdependncia, a morte entendida como sendo a dissoluo da mente e do corpo. Contudo, a definio comum de morte a morte de todo o corpo. A "morte" causada pelo "cortar a respirao de um ser vivente". A crena budista na temporalidade tambm ressalta uma preocupao com os transplantes de rgos. Uma vez que a vida transitria e a morte inevitvel, e uma vez que a misso espiritual transcender este mundo, existe uma percepo comum de que a vida e a morte devem seguir seu curso natural. Conseqentemente, o transplante de rgos freqentemente possvel somente s custas da vida de outrem. Tal procedimento viola o preceito que probe tirar a vida, diminuindo o valor da mesma. Por isso, alguns budistas advogam o desenvolvimento e uso de rgos artificiais. Em lugar de prolongar a vida utilizando medidas hericas, esses budistas dispensam as suas vidas ao cuidado dos moribundos. Os budistas apelam para a noo de interdependncia ao abordar os dilemas ticos. Em relao ao suicdio assistido e assuntos relacionados, a perspectiva budista enfatiza o processo de deciso. Eles procuram levar em considerao todos os aspectos do sofrimento, equilibrando o desejo do indivduo por uma morte suave com o dever do mdico de no causar dano e o desejo da sociedade de preservar a vida. Os dilemas gerados pelos avanos da moderna tecnologia desafiaram os preceitos do budismo tradicional. Buda estava consciente das limitaes da Vinaya (normas monsticas seguidas pelos monges budistas) e de sua capacidade de responder aos novos problemas. Buda sempre enfatizou que ele era um guia, no uma autoridade, e criou um mtodo para determinar a conduta correta. Se a Vinaya, seus comentrios e intrpretes atuais no oferecem um curso de ao satisfatrio, Buda pediu aos seus discpulos para tomarem suas prprias decises, baseadas na sabedoria e compaixo. Este ceticismo benevolente de Buda estimula a imaginao moral em relao s difceis questes ticas. A resistncia em apressar a morte e sua relao com a doao de rgos provm da imagem tradicional japonesa de se considerar o ser humano como unidade integral de corpo e esprito, mais que aspectos distintos e separados de mente, corpo e esprito. A unidade continua aps a morte, de maneira que remover um rgo de um cadver visto como perturbador dessa unidade espiritual e corporal. Isto tambm explica porque as autpsias so rejeitadas no Japo. A unidade vai alm do indivduo. O destino essencial da vida humana envolve um ritmo em que todas as coisas viventes - plantas e animais - vivem juntas no mesmo nvel. Esse ensinamento shintanista e budista difere da tica judaico-crist, que considera os humanos como imagem de Deus, e conseqentemente esto numa relao diferente com os outros seres viventes. Para o japons, a morte perturba o ritmo de todas as coisas viventes e, portanto, no deve ser apressada. Contrastando com as preocupaes atuais na rea da sade nos Estados Unidos, em no prolongar o processo do morrer indevidamente, o povo japons est mais preocupado em realizar os rituais do processo do morrer e no em terminar a vida prematuramente (8,10). Em relao morte, os budistas japoneses j h muito reconheceram o que os ocidentais esto redescobrindo s recentemente: que a forma de morrer, o momento preciso da morte, muito importante. Essa premissa fundamental provavelmente anterior ao prprio budismo, mas se torna bem explcita nos ensinamentos de Buda. Em suas meditaes, Buda declarou que a varivel crucial que governa o renascimento a natureza da conscincia no momento da morte. Por isso, os budistas atriburam grande importncia ao fato de ter pensamentos apropriados no momento da morte. Em duas obras do Cnon theravada (escola do budismo mais antiga sobrevivente, prevalente no sul da sia), o Pwetanvatthu e o Vimanavatthu (histrias dos defuntos), podemos encontrar muitos exemplos desta idia. Certamente, em muitos sutras os monges visitam leigos em seus leitos de morte para assegurar que os pensamentos dos moribundos sejam salutares e Buda recomenda que os seguidores leigos tambm se animem reciprocamente em tais ocasies. O budismo no v a morte como o fim da vida, mas simplesmente como uma transio: o suicdio no , portanto, um escape. Assim, no sangha (comunidade dos seguidores de Buda) inicial, o suicdio foi condenado, em princpio, como uma ao imprpria. Mas os textos budistas mais recentes incluem muitos casos de suicdio que o prprio Buda aceitou e perdoou. Por exemplo, os suicdios de Vakkali e de Channa foram cometidos por causa de enfermidades dolorosas e irreversveis. Mas importante observar que a aceitao de Buda aos suicidas no se baseia no fato de eles estarem em estado terminal, mas porque estavam com as mentes livres de egosmo e de desejos e iluminadas no momento da morte. O budismo reconheceu h tempos o direito de as pessoas determinarem quando deveriam passar desta existncia para a seguinte. O importante, aqui, no se o corpo vive ou morre, mas se a mente pode permanecer em paz e harmonia consigo mesma. A tradio Jodo (a terra pura) tende a dar nfase continuidade da vida, enquanto a tradio Zen tende a sublinhar a importncia do momento e a maneira de morrer. Os budistas japoneses demonstraram uma despreocupao com a morte, inclusive maior que a de seus vizinhos. Os japoneses valorizavam mais a paz da mente e a honra da vida do que uma vida longa. A eutansia e o cdigo samurai do suicdio No por mera coincidncia a palavra correspondente a eutansia em japons anrakushi, um termo que tem um significado budista. Na terminologia budista, anrakukoku outro nome para a Terra Pura, o mundo do Bodhisattva Amida, ao qual esperam ir os japoneses depois da morte. A lei japonesa no penaliza o suicdio; entretanto, considera um crime auxiliar um suicida ou incentiv-lo. Em situaes normais, no pode haver nada mais sbio e prudente que isso, pois a pessoa saudvel deveria ser incentivada a viver e fazer o mximo possvel com sua vida. Mas, nas situaes em que se exige songenshi (morte com dignidade), o fato de uma pessoa estar enfrentando uma morte iminente que faz com que seja moralmente aceitvel assisti-la em seu suicdio, em particular se o motivo for a compaixo. importante assinalar que o cdigo samurai do suicdio inclua uma disposio para a eutansia: o kaishakunin (assistente). O simples corte do hara (abdome) era muito doloroso e no provocava uma morte rpida. Depois de cortar o hara, poucos samurais tinham foras suficientes para degolar-se ou cortar a espinha dorsal. Mas sem cortar o pescoo a dor do hara aberto continuaria durante minutos e at horas antes da morte. Portanto, o samurai combinava com um ou mais kaishakunin para que o assistissem em seu suicdio. Enquanto o samurai tranqilizava sua mente e se preparava para morrer em paz, o kaishakunin permaneceria a seu lado. Se o samurai falasse ao kaishakunin antes ou durante a cerimnia seppuku, a resposta padro era "go anshin" (mantm tua mente em paz). Todas as interaes e conversaes que rodeavam um seppuku ordenado oficialmente tambm estavam fixadas pela tradio, de modo que o suicida pudesse morrer com a menor tenso e a maior paz mental. Depois que o samurai terminasse de abrir o ponto prees-tabelecido ou desse qualquer outro sinal, o kaishakunin tinha o dever de cortar-lhe o pescoo para terminar com sua dor, dando-lhe o golpe de misericrdia. Muitos suicdios samurai eram de fato o equivalente moral da eutansia. As razes para o suicdio do samurai eram: evitar a morte inevitvel por mos de outros; escapar de um perodo mais prolongado de dor insuportvel ou de sofrimento psicolgico, pois no podiam continuar a ser membros ativos e teis para a sociedade. So justamente estas as situaes em que atualmente se deseja a eutansia: para evitar uma morte inevitvel por mos de outros; para evitar um longo perodo de dor ou de sofrimento, por no poder ser mais um membro ativo e til para a sociedade. Persiste, hoje, uma pergunta importante para os budistas: existe diferena entre o suicdio e a eutansia? Uma diferena essencial saber se a pessoa sujeita eutansia est consciente. Neste caso, a no ser que tenha feito um testamento em vida (living will), no temos como saber se o paciente quer de fato a eutansia. Por outro lado, uma vez que a conscincia se dissociou permanentemente do corpo, o budismo no v razo para continuar nutrindo ou estimulando o corpo, que no mais uma pessoa. Marco legal da eutansia no Japo Um dos mais importantes precedentes legais relacionado s questes da morte e do morrer at o momento nunca foi aplicado desde seu estabelecimento em 1962. O caso usualmente citado como sendo a "Deciso da Corte Suprema de Nagoya de 1962". Diz respeito a um jovem que atendendo ao pedido do pai em estado terminal, para poup-lo da dor e sofrimento, lhe preparou leite envenenado para beber. Este jovem incentivou sua me, que no sabia que o leite estava envenenado, a administr-lo ao marido. No julgamento, a corte identificou seis condies que devem ser preenchidas para se ter permisso legal para a prtica da eutansia: a enfermidade considerada terminal e incurvel pela medicina atual e a morte iminente; o paciente deve estar sofrendo de uma dor intolervel, que no pode ser aliviada; o ato de matar deve ser executado com o objetivo de aliviar a dor do paciente; o ato deve ser executado somente se o prprio paciente fez um pedido explcito; cabe ao mdico realizar a eutansia; caso isto no seja possvel, em situaes especiais ser permitido receber assistncia de outra pessoa; a eutansia deve ser realizada utilizando-se mtodos eticamente aceitveis (22 December 1962, Nagoya Court, Collected Criminal Cases At High Court, vol.15, n. 9, p. 674). Se essas condies forem cumpridas, parece no haver razo moral para se opor prtica da eutansia. Nesse caso, a Suprema Corte de Nagoya decidiu que os quatro primeiros critrios foram honrados, mas os dois ltimos no. O jovem foi condenado a quatro anos de priso. O cdigo penal japons prev punies severas, pena de morte ou priso perptua, para o homicdio de ascendentes; contudo, no caso especfico, a Corte sentiu que o desejo de honrar seu dever filial de seguir as diretrizes verbalizadas pelo pai era evidente, e aplicou-lhe uma sentena mais leve. luz dos avanos mdicos e tecnolgicos, as decorrncias da deciso da Corte Suprema de Nagoya mudaram de muitas maneiras. Doenas antes consideradas fatais, agora podem ser efetivamente tratadas ou curadas. Foram desenvolvidos mtodos mais eficazes de controle da dor; cerca de 25 hospitais mantm unidades de cuidados paliativos, incluindo hospices, que so oficialmente reconhecidos no Japo desde 1990 (8). Utilizao de drogas para aliviar a dor Outra questo a relao entre as drogas que suprimem a dor e o prolongamento da vida e a acelerao da prpria morte. A Associao para a Morte com Dignidade, do Japo, sugere a administrao das drogas que suprimem a dor, mesmo que acelerem a morte do paciente. Os budistas concordam com o seguinte: desejvel o alvio da dor e a questo primordial no se a morte acelerada ou no. No caso em que a dor seja extrema e s drogas fortssimas poderiam suprimi-la, teramos que decidir entre: no fazer qualquer tratamento; administrar drogas contra a dor que s turvam ou confundem a mente do paciente; aplicar um tratamento que acelere o fim, mantendo lcida a mente. Nessa situao, o budista preferiria a primeira, a via mais natural: no tentar qualquer tratamento. Caso a mente do paciente seja incapaz de concentrar-se ou de estar em paz por causa da dor, o budista escolheria a alternativa c antes de b, porque a lucidez de conscincia no momento da morte muito importante para o budismo. Os mdicos que no gostam da idia de interromper a vida de uma pessoa prefeririam prolongar os processos biolgicos fsicos da vida, sem se preocupar com a qualidade mental dessa vida. justamente nesse ponto que os budistas esto em desacordo com a medicina ocidental materialista. Mas no necessria a existncia de conflito entre o budismo e a medicina. No h razo para atribuir ao mdico a "responsabilidade" da morte do paciente. Segundo as diretrizes da Corte Suprema de Nagoya, os pacientes potencialmente elegveis para a eutansia morreriam de qualquer forma em pouco tempo, e o mdico no tem culpa alguma. O que importa para os budistas conceder ou no pessoa a responsabilidade por sua vida e destino. Toda a tradio budista, e em particular a do suicdio no Japo, valoriza sobremaneira a deciso pessoal quanto ao tempo e a forma de morrer. Tudo que os outros fizerem para obscurecer a mente de quem est morrendo ou para impedi-lo de fazer a escolha, constitui uma violao de princpios budistas (5). Resumindo, a perspectiva budista em relao eutansia : no budismo, embora a vida seja preciosa, no considerada divina, pois no existe a crena em um ser supremo ou deus criador. No captulo dos valores bsicos do budismo, alm da sabedoria e preocupao moral , que andam juntas, existe o valor bsico da vida, que diz respeito no somente aos seres humanos, como comum nas outras religies mundiais, mas inclui tambm a vida animal e at mesmo os insetos. A crena no Karma e renascimento tem uma profunda influncia na atitude budista em relao natureza vivente. o que faz com que os budistas no tenham uma separao entre vida humana e outras formas de vida. Muitos budistas japoneses acreditam que a diminuio gradual do calor corporal deve ser sentida no processo do morrer, e que apressar isso e remover rgos de um corpo ainda quente no um fim de vida esperado. A resistncia em apressar a morte e remoo de rgos deriva da imagem tradicional que v os seres humanos como unidades completamente integradas mente e corpo, antes que distintas e separadas unidades de mente, corpo e esprito. Essa unidade continua aps a morte e, assim, a remoo de um rgo do corpo quebra esta unidade esprito-corpo - o que explica porque as autpsias no so populares no Japo. Grande nfase dada ao estado de conscincia e paz no momento da morte. No existe uma oposio ferrenha eutansia ativa e passiva, que podem ser aplicadas em determinadas circunstncias. Budismo Sistema tico, religioso e filosfico fundado pelo prncipe hindu Sidarta Gautama (563 a.C.?-483 a.C.?), o Buda, por volta do sculo VI a.C. Ensina como superar o sofrimento e atingir o nirvana (estado total de paz e plenitude) por meio de disciplina mental e de uma forma correta de vida. A doutrina baseada nas quatro verdades. As trs primeiras so relacionadas entre si: a existncia implica dor, a origem da dor o desejo e o fim da dor s possvel com o fim do desejo. A quarta verdade prega que a superao da dor s pode ser alcanada por oito caminhos: compreenso, pensamento, palavra, ao, modo de vida, esforo, ateno e meditao corretos. Os budistas acreditam na lei do carma, segundo a qual as aes de uma pessoa determinam suas condies em vidas futuras. Por volta do sculo II desenvolve-se uma nova forma de budismo denominada Mahayana (em snscrito, Grande Veculo), em contraposio forma mais antiga, o Hinayana (Pequeno Veculo). O Mahayana considera que, embora a aspirao final seja o nirvana, ele deve ser adiado para que o sbio, por compaixo, possa dedicar-se a ensinar os outros o caminho da salvao. Buda O prncipe Sidarta nasce em um cl de nobres do Nepal. Aos 29 anos, chocado com a doena, a velhice e a morte, sai em busca de uma resposta para o sofrimento humano. Junta-se a um grupo de ascetas e passa seis anos jejuando e meditando. Aps esse perodo, sem encontrar as respostas que procura, se separa do grupo. Um dia, sentado debaixo de uma figueira, tem a revelao das quatro verdades. denominado Buda (Iluminado, em snscrito) pelos seguidores e passa pregar sua doutrina pela ndia. O budismo est praticamente extinto na ndia desde a invaso muulmana no sculo XIII. Hoje tem cerca de 338 milhes de adeptos em todo o mundo (6% da populao mundial), sendo que mais de 90% vivem na sia, principalmente no Sri Lanka, em Mianmar, no Laos, na Tailndia, no Camboja, no Tibet , no Nepal, no Japo e na China. Ramifica-se em vrias escolas, sendo o budismo tibetano e o zen-budismo as mais antigas. Budismo tibetano Surge no fim do sculo VIII, da fuso das tradies budista e hindusta com o xamanismo. Seu chefe espiritual, o dalai-lama, considerado um bodhisattva (em snscrito, o ser destinado iluminao). Zen-budismo Desenvolve-se a partir da forma Mahayana, na China, no sculo VI, e difunde-se sobretudo no Japo a partir do sculo XIII. Baseia-se na prtica da meditao e nos exerccios de postura e respirao. Acredita que o corpo dotado de uma sabedoria prpria que deve nortear a vida cotidiana. dgi[\] o r OPQ lmnoqstuvwIQTUV˚6B*OJQJ]^Jph j$U jMUjaEB*Uph B*phjB*UphB*OJQJ^JphCJaJB*OJQJ^JphOJPJQJ^J jUB* OJQJ^Jph:hi\] q   pq$a$[$\$[$$IfF5)6    34a$Ifquvop$a$[$\$[$$IfFo )6    34a$If     klmnpEH ` g !!""$$;$<$$$%%%%ɾɹzz6OJQJ]^J OJQJ^J6B*OJQJ]^Jph6B*OJQJ]^JphB*OJQJ^Jph OJQJ^JCJaJB*OJQJ^JphOJPJQJ^J jUB* OJQJ^Jph jmU jUjB*UphjB*Uph0G !"$ $!$"$#$$$<$%&[$\$$a$$a$[$$IfF )6    34a%&&&&((D)E)s*t*e-g-//11336688B9J9::<<q=|===T>[>>>@@@@DDHHHHHHKKKNNNO O OWOXOOOοCJOJQJ^JCJaJmH sH "6CJOJQJ]^JaJmH sH CJOJQJ^JaJmH sH CJaJ6CJOJQJ]^JaJCJCJOJQJ^JaJ6OJQJ]^J OJQJ^J=&(E)t*g-/38:<@DHHKN OXOOPQKR S & Fdd[$\$]^`$]a$] dd[$\$][$\$OPPQQIRKRS SYY.Y4Y5Y6YH^I^aaqcrcddddddfffff(g)g*g+g,g-ghhm򻩻򑍈zuffB*CJOJQJ^JaJphCJaJOJPJQJ^J jU jU5\!0JB*CJOJQJ^JaJph CJmH sH "6CJOJQJ]^JaJmH sH CJOJQJ^JaJmH sH  CJmH sH "6CJOJQJ]^JaJmH sH CJOJQJ^JaJmH sH CJCJOJQJ^JaJ( SY6YI^arcddffff,g$If$a$ $]a$ ] ,g-ghpruy|~b˂!"A} ]^q$$IfTZ   0 634` abmmpppprruuyy||~~abʂ˂ "A` !1hijklmznz5CJ$OJQJ\aJ$CJ$OJQJaJ$j[CJOJQJUaJjCJOJQJUaJ6CJOJQJ]aJ56CJOJQJ\]aJCJOJQJaJCJOJQJaJmH sH 5B*CJ0OJQJ\aJ0phB*CJOJQJ^JaJph#6B*CJOJQJ]^JaJph(A^`,,ЏP?vB4Ʀ9lmh$a$m=ֲ;~ܻݻ޻߻F$If $$Ifa$$If̰Ͱ=VWֲ;bܻ߻HEF:;  12CD6OJQJ]^J OJQJ^J5CJOJQJ\^JaJCJOJQJ^JaJ5OJQJ\^J5CJ0OJQJ\^JaJ0CJOJQJaJB*CJOJQJaJph5B*CJOJQJ\aJph;; 2Dg(<F 2xrt$Iffg'(;<EF 12wxqt23mn}~yz[\"#\       56&'  R"6OJQJ]^J5OJQJ\^J OJQJ^JZ3n~z\#    6' S"$IfR"S"##O#P#$$&&''''**F+I+1,2,`,a,l,m,p,q,,,,,,,,, - ------KKKK.L/LCJOJQJaJo(jCJOJQJUaJo(CJOJQJaJ6CJOJQJ]^JaJCJOJQJaJ5B*CJ0OJQJ\aJ0phCJaJ0JOJQJ^J jU0JOJQJ^JjOJQJU^J5OJQJ\^J OJQJ^J.S"##P#$&'''*G+I+---------/V27$$IfT$)lC634a$IfV2e6K9{;N=?/CDF^HJKK3L4LhMPNRTTUDWYZ$IfK$/L0L1L2L3L2NyNRSSQTU8U]UUYZZZZ Z!Z"ZHZ[^]x]]]]]]^^4^K^^_\`Ngh&hIhii-jVjWjXjYjZj[j\j=k\kukkkkalrlllذذB*OJPJQJ^JphCJaJ"5B*CJ0OJQJ\aJ0o(phfi6CJOJQJ]aJo(CJOJQJaJCJOJQJaJo(jCJOJQJUaJo(jCJOJQJUaJo(>ZZZ Z!Zic$IfF$K$L$If-| ` w634-` wa$IfK$F$K$L$IfK  63%4K` a!Z"Z[^`bdf-jWjXjdF$K$L$IfK  63%4K` a $$IfK$a$F$$If-  6  fi634-` fia XjYjZj[j\jnmopsuu_]]]]U$IfK$J$$If-  6  fi634-` fia$IfF$K$L$If-| ` w634-` wa$IfK$ lmGmmmnoqquuuuuuuuuvvw\{|{{{{|+|L|q|||||}}} ~)~~~Sɀ4܁…{ !"#$%ύ2=C5CJOJQJ\aJo(B*OJPJQJ^JphCJaJ"5B*CJ0OJQJ\aJ0o(phfi6CJOJQJ]aJo(CJOJQJaJo(Huuuuuic$IfF$K$L$If-| ` w634-` wa$IfK$F$K$L$IfK  63%4K` auuw}c܁  $$IfK$a$$a$F$$If-  6  fi634-` fia !"#$ic$IfF$K$L$If-| ` w634-` wa$IfK$F$K$L$IfK  63%4K` a$%c[$IfK$F$K$L$IfK  63%4K` a$IfK$J$$If-  6  fi634-` fiaClmnopqrstuvҪӪ"#$qrѫzzhzh"jB* CJOJQJUaJph@B* CJOJQJaJph@0J6B* CJ]aJphCJOJQJaJ5CJOJQJ\aJo(B*CJOJQJaJo(ph jU jUB*OJPJQJ^JphCJaJ"5B*CJ0OJQJ\aJ0o(phfi6CJOJQJ]aJo(CJOJQJaJo('pkiiiie]$IfK$F$$If-  6  fi634-` fia$IfF$K$L$If-| ` w634-` wa pqrstic$IfF$K$L$If- ` w634-` wa$IfK$F$K$L$IfK  63%4K` atuv;8Ӫ#u$a$G$$IfT-6  fi634-` fiarstu˫̫׫ث NOج٬ڬ%&'()GHxz{ƭǭȭɭʭMN,-+,-yyytyCJaJB*CJOJQJaJph jJU56B*CJ\]aJph0J6B*CJ]aJph jeU jUB* CJOJQJaJph#0J6B* CJOJQJ]aJph@0JB* OJQJph@"jB* CJOJQJUaJph@"jcMB* CJOJQJUaJph@-u̫ث O٬zN-,-:ǵJ$$IfTK0)634Ka $$Ifa$ $$Ifa$$a$9:Ƶǵ<=]^)*TUVŽƽǽ6789ԾվBCѿ|j|||"j+$B* CJOJQJUaJph@B* CJOJQJaJph@"jB* CJOJQJUaJph@0JB* CJOJQJaJph@CJaJ6B*CJOJQJ]aJph#0J6B*CJOJQJ]aJphOJPJQJ^J jU jU0J6B* CJ$]aJ$ph@B*CJOJQJaJph'=^*UƽǽվCDn[$\$J$$IfTK0 )634Ka $$Ifa$ $$Ifa$$a$CDmn,-i$)LNsx,-JL16QS 02syZay{g=B 56CJOJQJ\]^JaJ OJQJ^J6CJ]aJ5CJ\aJ 0JCJaJjCJUaJCJaJ B*phCJ$aJ$OJPJQJ^JAJ:.2JKe%t-.>)2u]ijw    111138[$\$$a$stuv   z0111112253;3H3M333666688::::v>w>@@CC0JCJOJQJ^JaJ6CJOJQJ]^JaJCJOJQJ^JaJ0JCJOJQJ^JaJOJPJQJ^J5\CJ0aJ0 j2U jU5OJQJ\^J 56CJOJQJ\]^JaJ5OJQJ\^J78::w>@C(EGkL^PSkUUXO]]]^^__aad{d & Fdd[$\$ & Fdd[$\$[$\$ & Fdd[$\$C'E(EEEFFGGjLkLNN OOO(O]P^PPPSSTTcTfTjUkUUUUU0V:VfVwVWWXXYYAYEYYYZZZZ [[G[R[p[w[[[[[\\N]O]]]]]^^^^____``aaaambbdd0JCJOJQJ^JaJ6CJOJQJ]^JaJCJOJQJ^JaJVdzd{dddeeneoeeeIffffhh7j?j|j}jjjllll m mLmMmnnqqrrss|ttCuDuwwmxpxwxxx{{|||~~_`lɴɴɴ5B* CJ\aJph@B* CJaJph@CJ5>*B* CJ\aJ0ph@0JCJOJQJ^JaJ6CJOJQJ]^JaJCJOJQJ^JaJ?{ddeoeefh}jjll mMmnqrDuwnxoxpxxx{|~$a$ & Fdd[$\$[$\$ & Fdd[$\$`$a$$a$,1h. 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